Em 29 de março de 2004 um furacão categoria 1, chamado Catarina varreu o sul Santa Catarina e o litoral norte do estado do Rio Grande do Sul.
Alertados pelos serviços de defesa anti-ciclone dos Estados Unidos, os governos federal e estaduais foram completamente inoperantes, desmobilizando esforços de evacuação em preparação através de falsas e tranquilizantes notícias dos serviços locais de meteorologia que se baseavem em dados acima de qualquer suspeita para esvaziar alegadas preocupações: bravata e anti-americanismo.
Segundo eles, não haveria furacão pelo simples motivo de que nunca houve furacão na região e em segundo lugar os americanos não entendiam nada do litoral sul do Brasil.
Segundo o site Apolo11
"As imagens mostradas na televisão impressionam até especilaistas. Segundo cientistas do Centro Nacional de Furacões (NHC) em Miami, pelas imagens vistas, Catarina deve ter atingido a costa com ventos de 170 km/h. Moradores do local, muito assustados, afirmavam que o que viram não vão esquecer tão cedo.
Segundo a GloboNews, a Defesa Civil de Torres havia proposto a evacuação da cidade, mas o ministro Ciro Gomes, da Integração Nacional, não autorizou, dizendo que os ventos seriam mais fracos que o previsto. Não foram."
Apesar das evidentes falhas, despreparo, arrogância dos serviços locais de meteorologia, governos estadual e federal, não houve nenhuma manifestação mais dura em favor das inocentes vítimas (2 mortes; 1,2 desabrigados) por parte da imprensa.Mas que diferença sobre o Katrina.
O furacão que abateu Nova Orleans virou um prato cheio para uma imprensa inoperante, raivosa e portanto mentirosa e parcial.
Na Zero Hora de sábado, 10/09 o jornalista Moisés Mendes, comete uma matéria "Um furacão na vergonha americana" que só pode ser lido como metáfora sobre a nossa própria imprensa.
De tanto ler NYT, WP, CNN e livrinhos & filmecos de Michael Moore o nosso "jornalista" ignora totalmente aos governos locais (Prefeitura e Estado) para atacar o único culpado possível: GWB.
Leiam um trecho risível:
"O americano médio sucumbiu à inércia dos últimos quatro anos da caça belicista ao terror. Se o Estado está ocupado com a guerra, que as questões sociais -mesmo as de urgência - sejam resolvidas por cada um".
Ora, para Moisés tanto o governadora da Louisiana quanto o prefeito da cidade estavam muito preocupados com a guerra no Iraque para dar atenção ao furacão...
Na própria matéria existe uma vertente em nenhum momento explorada sobre as origens da pobreza em Nova Orleans. Segundo o economista gaúcho Roberto Camps visitande assíduo da cidade citado na matéria, Nova Orleans está em decadência desde os anos 70. Faltou dizer que os governos locais estão na mãos dos democratas, que implantaram um sistema de welfare state que parece ser o sonho de Moisés.
Ao nosso bravo jornalista, causa espanto a declaração de Barbara Bush, se declarando assustada com o fato de os flagelados da Louisiana instalados no Texas não mais quererem voltar para suas casas. O que ele viu na declaração? Uma confirmação da falta de humanidade da Sra Bush, do seu marido e de seu governo.
Para mim, nada mais assustador: pessoas sufocadas há décadas por equivocadas políticas sociais que só aumentaram a pobreza local e que as tornaram completamente dependentes de governos, políticas, ajudas oficiais. Mais ou menos como tamagochis humanos em tamanho Michael Moore. Isto é realmente assustador. Mas é exatamente o que o senhor Moisés acaba defendo.
Para completar, os democratas passaram quatro anos reclamando que o governo Bush tinha transformado o pais numa ditadura e agora o acusam de não ter agido ditatorialmente, atropelando o federalismo americano, para enviar ajuda e Guarda Nacional sem a prévia aprovação dos titubeantes governos locais.
Não dá mesmo para entender.
Para completar : se alguém quer ler alguns poucos mas consistentes artigos sobre o que realmente aconteceu nos em Nova Orleans, leiam os artiogos recentes de Paulo Leite e Olavo de Carvalho, escrevendo direto dos Estados Unidos.