terça-feira, maio 13, 2003

VEJA SOBRE AS FARC

Logo depois de elogiar a posição imparcial da veja sobre o caso Cuba, eis um belo tropeço no caso das FARC.
Tudo começa bem, com uma reportagem extensa sobre os recentes assassinatos de políticos mantidos em cativeiro há mais de ano pelos guerrilheiros-terroristas.
Pensei: oba, Veja vai tomar uma posição!
Realmente a revista se posiciona radicalmente contra qualquer apoio a qualquer organização "revolucionária" dos moldes das FARC. Até descrevem um breve histórico sobre a razão do seu envolvimento com o narcotráfico.
O que faltou à Veja foi dar o próximo passo: condenar este governo pela ação virtualmente protetora de qualquer ação de terroristas das FARC em nosso próprio território com a desculpa de não haver "lista de grupos terroristas" mantida pelo governo federal.
Isto é muito estranho.

No mesmo número, um elogio à capacidade de comunicação e improviso de Lula em seus discursos à nação (e sua prolixidade...).

Uma pena!
MAIS ROCK

Na semana passada escrevi sobre o engajamento de -parte - da cena rock à causa pacifista.
Só para esclarecer, nem todo o rock é a favor do pacifismo e esquerdismo (nesta ordem), mas só aquilo que se pode chamar de rock "engajado".
Como rock "engajado" pode-se definir todos os grupos e artistas alinhados com alguma vanguarda estética (bah! Desculpem o ato falho... Quando ouço "vanguarda estética" o que me vem à cabeça são os grunhidos pacifistas da Sr. Lennon... Isso já passa de 30 anos!!! Mas vamos deixar assim..), os remanescentes pós-punks e principalmente os pós-grunge.
Ah! E os pop-alternativos metidos como Lenny Kravitz (que pragmaticamente estão nessa por dinheiro - o cara chegou a lançaar uma canção contra a guerra do Iraque. Sintomaticamente a guerra acabou alguns dias após o lançaamento da canção...).

Descontando as tendências mais progressivas ou "ácidas" e o heavy (que sempre se posicionaram fora de qualquer discussão mais politizada), existe uma clara conexão entre os movimentos pacifistas, os movimentos de esquerda e o rock.
Ou não?
Os movimentos hippie e anti-Vietnã dos anos 60 foram realmente espontâneos?
Havia alguma conexão política com a esquerda?
Ou esta conexão só foi concretizada mais recentemente com a atuaçao de organizações como a ANSWER?

Quem tiver alguma pista, escreva...