quinta-feira, agosto 19, 2010

Foro de São Paulo - 20 anos (de ocultação)

Há vinte anos uma organização chamada "Foro de São Paulo" trabalha para consolidar o comunismo, em sua versão fascista ("capitalismo" de Estado) e o financiamento de grupos terroristas na América Latina.
Hoje o Foro de São Paulo domina o maior dos países da AL. O meu país, Brasil.
E é por ter na presidência do país o fundador do FSP, Lula da Silva, que "este país" transformou-se no maior financiador da "revolução" nos países da AL.
Ajuda os regimes "amigos" e ajuda movimentos terroristas nos países onde não está no poder, principalmente o maior "inimigo" deles na América Latina, a Colômbia.

Durante os seus primeiros 15 anos de existência, o Foro de São Paulo trabalhou às escondidas, como o apoio incondicional da imprensa nacional. Este apoio se dava pela cumplicidade dos "companheiros" da imprensa em esconder ou chamar de "teórico da conspiração" quem ousava noticiar sobre o tema. O maior "teórico" foi e é o filósofo Olavo de Carvalho.

Desde o nascimento até o baile de debutantes do Foro de São Paulo Olavo foi tratado como uma espécie de "Don Quijote" pelos "média" - o tolo armado em cavaleiro que combatia "moinhos de vento"..

Até esta altura, `a citação do "Foro" era obrigatória a citação de seu "criador", Olavo de Carvalho, em nada sutil tom jocoso.

Então veio o Baile de Debutantes: Finalmente, em 2005, o Foro de São Paulo foi realizado em São Paulo e, o presidente da República (ou melhor o presidente do FSP fantasiado de Presidente) rasgou a fantasia. Debaixo da pele de ovelha, uivou para seus pares em discurso que reconhecia não só a existência do FSP mas também, com a maior cara-de-pau, dos métodos que esta camarilha usava para estender a influência e chegar ao poder nos principais países da América Latina.

Qual foi a reação da imprensa? Claro, o FSP "sempre existiu" e nunca foi uma organização às escondidas. Era apenas um grupo de debates.

Imagino se o PCC e o CV alguma vez organizarem um "grupo de debates". Esta imprensa deve que criminosos, tais como os personagens de "Reservoir Dogs" de Tarantino, têm a estranha mania de, quando reunidos, preferirem desvendar os mistérios do significado de "Like a Virgin" de Madonna à organizar assaltos e sequestros.

Após 2005, como vemos, como a maior desfaçatez - e contando com a falta de memória nacional - a imprensa alardeia a existência do FSP como a coisa mais banal do mundo. "Apenas um grupo de debates".. Outros dizem que se trata apenas de lembrar os velhos tempos de luta armada. Enfim, tivemos, após esta data, a segunda fase de ocultamento.

Mas nesta fase, era imperativo "limpar" os resquícios da primeira fase, aquela que ligava FSP a Olavo "Don Quijote" de Carvalho. Pois neste momento, Olavo de Carvalho deixou de prestar ao papel de tolo da aldeia. Neste momento Olavo foi dispensado d´O Globo e deixaram de ligar Olavo ao FSP, pois afinal estava dada a ordem de que o Foro agora era de domínio público.

Um retrato gritante desta outra falsificação poder ser constatado pela wikipedia, em sua versão portuguesa, no verbete sobre o FSP.

Em 2005, ainda na fase "Olavo-Don Quijote" temos o seguinte texto:

(...) Fonte: meu bloco de notas sobre o tema

http://pt.wikipedia.org/wiki/Foro_de_S%C3%A3o_Paulo
Participantes
Algumas organizações e partidos que tomaram parte nas reuniões do
Foro de São Paulo

Partido Comunista Colombiano - PCC
Partido Comunista Cubano
Partido dos Trabalhadores
Exército de Libertação Nacional (ELN)
Forças Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC)
Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN)
União Revolucionária Nacional da Guatemala (URNG)
Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN)
Partido da Revolução Democrática (PRD)
MIR Chileno

Críticas
De acordo com alguns pensadores, como o filósofo e ensaísta
brasileiro Olavo de Carvalho, as atividades do FSP podem ser
consideradas uma conspiração de amplitude continental para sobrepor-
se à soberania nacional, destruir a democracia, e implantar o
comunismo por toda a América Latina. Carvalho e os outros autores de
seu jornal online, o Mídia Sem Máscara [4], costumam frisar o fato de
vários dos membros do FSP serem, como eles definem, "traficantes de
drogas, terroristas, seqüestradores".



Parêntes: Eu acho muito engraçado colocar entre aspas "traficantes, terroristas" depois de ter citado nominalmente as FARC, FMLN entre outros.

Agora, na mesma página em versão atual (http://pt.wikipedia.org/wiki/Foro_de_S%C3%A3o_Paulo) não há referência alguma a Olavo de Carvalho... Apenas a citação da citação em um artigo de Reinaldo Azevedo.

Isto é o acobertamento total.

Para terminar, uma anedota:
O presidente-mais-detestado-da-história-americana-antes-de-Obama, George Bush, afirmava, através de seus emissários (em 2006) "que el gobierno de Washington tiene "esperanza" de que el presidente de Venezuela, Hugo Chávez, pueda jugar un papel en la transición política cubana".

Como Bush era burro não é mesmo? Inteligente mesmo é a imprensa nacional.

Lula Manda Cartilha ao Foro de São Paulo..

Há muitos que acreditam na versão paródica do FSP - sim, aquela que diz que as reuniões eram somente para relembrar os velhos tempos de "Viva La Revolución" ao lado do Fidel tomando Cuba Libre.
Apesar dos personagens parecerem saídos de alguma opereta, Lula, Chávez, e seus amiguinhos narcóticos-conhecidos são a maior ameaça à democracia na América Latina. E gabam-se disso, descaradamente.
Lula, agora , por exemplo, manda uma cartinha pública ao Foro de São Paulo, revelando tudo o que já sabíamos.
Mas aos outros, os "sabichões" do Brasil embutidos até o pescço no seu hermetismo-de-homem-massa não acreditam nem no que vêem ou lêem.
Virá outra versão de que tudo não passa de arroubo megalomaníacos de um grupelho que nada significa para o continente..

Enfim, a estupidez realmente não tem limites.

Aqui abaixo, mais uma prova "provada".

(recebida por mail)
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"Queridas Companheiras e Companheiros,
Há 20 anos, 42 partidos e movimentos progressistas da América Latina e do Caribe reuniram-se em São Paulo - convidados pelo Partido dos Trabalhadores - para um Encontro sem precedentes na recente história política de nosso Continente.
Nascia o que um ano depois, no México, seria chamado de Foro de São Paulo. Vivíamos tempos difíceis no início dos anos noventa.Em muitos países ainda persistiam fortes marcas das ditaduras que se haviam abatido nas décadas anteriores sobre nossos povos. Esses resquícios autoritários impediam a constituição de democracias vigorosas e dificultavam a luta dos trabalhadores.Pairava sobre nosso Continente a hegemonia do ideário do Consenso de Washington.
Primazia do mercado, enfraquecimento do Estado, desregulamentação das relações de trabalho, sacrifício da noção de desenvolvimento e de políticas sociais em nome de uma suposta estabilidade, buscada a qualquer preço, com enormes sacrifícios para os trabalhadores do campo e das cidades. A predominância dessas idéias conservadoras era reforçada pela profunda crise das referências tradicionais das esquerdas - as comunistas e os socialdemocratas. Suas políticas não permitiam explicar a realidade mundial mas, sobretudo, mobilizar as grandes massas.
A reunião de São Paulo e tantas outras que se seguiram nestes 20 anos tiveram como mérito fundamental criar um espaço democrático de conhecimento e de discussão das esquerdas. Esse espaço não existia, muitas vezes, nem mesmo em nossos países.
Não criamos uma nova Internacional. Conhecíamos a história das internacionais e sabíamos que era mais importante termos um Foro no qual pudéssemos intercambiar experiências, discutir acordos, mas também desacordos.
As transformações pelas quais passaram a América Latina e o Caribe nestas duas décadas têm muito a ver com os debates que realizamos.Hoje, nossa região vive uma situação radicalmente diferente daquela de vinte anos atrás. Muitos dos que nos encontramos no passado nas reuniões do Foro de São Paulo como forças de oposição, hoje somos Governo e estamos desenvolvendo importantes mudanças em nossos países e na região como um todo. Experiências como a UNASUL e a Comunidade da América Latina e do Caribe são herdeiras dos debates que levamos no Foro. Elas abrem o caminho para uma verdadeira integração de nossos países fundadas sobretudo nos valores da democracia, do progresso econômico e social e da solidariedade. Uns poucos tentam caracterizar o Foro de São Paulo como uma organização autoritária. É o velho discurso de uma direita que foi apeada do poder pela vontade popular. Não se conformam com a democracia de que se dizem falsamente partidários. A contribuição de meu partido e outros partidos progressistas do Brasil para esta nova realidade do Continente é de todos conhecida. Nosso Governo retomou o crescimento, depois de décadas de estagnação. Crescemos distribuindo renda. Incluímos 30 milhões de brasileiros que viviam abaixo da linha da pobreza. Criamos 14 milhões e meio de empregos formais e aumentamos substancialmente o salário real dos trabalhadores e a renda dos trabalhadores do campo. Mantivemos a inflação sob controle. Reduzimos nossa vulnerabilidade internacional. Não mais dependemos do Fundo Monetário Internacional. E pudemos fazer esta grande transformação com expansão da democracia, aumento da participação popular e fortalecimento de nossa soberania nacional.O Brasil mudou e vai continuar mudando nos próximos anos.Mudou junto com seus países irmãos do Continente. Mudou como está mudando a Argentina que agora acolhe mais este encontro do Foro de São Paulo. Recebam, queridos amigos, o abraço do seu irmão e companheiro.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República Federativa do Brasil

Conceito Fundamental d'"A Rebelião das Massas"

O filósofo espanhol Ortega y Gasset produziu, ainda na primeira metade do século XX ( e antes ainda da Segunda Guerra Mundial!) um estudo fundamental para conhecer o que chamamos de "modernidade" ou, num descrição pessoal -minha- "a decadência intelectual como contraponto ao progresso material e científico".
O nome de Obra é "A Rebelião das Massas"
A edição que tenho em mãos (portuguesa), na página 80 apresenta um resumo fundamental do pensamento do genial espanhol:

"Tudo o que se segue (nota: no livro) é consequência ou corolário dessa estrutura radical que se poderia resumir assim: o mundo organizado pelo século XIX, ao produzir automaticamente um homem novo, introduziu nele apetites formidáveis, meios poderosos de toda a espécie para os satisfazer: económicos, corporais (higiene, saúde média superior à de todos os tempos), civis e técnicos (entendo por estes a imensidade de conhecimentos parciais e de eficiência prática que hoje o homem médio tem e de que sempre careceu no passado). Depois de ter introduzido nele todas estas potências, o século XIX abandonou-o a sim mesmo e, então, seguindo o homem médio a sua índole natural, encerrou-se em si mesmo. Deste modo, encontramo-nos com uma massa mais forte que a de que qualquer outra época, mas, ao contrário da tradicional, encerrada hermeticamente em si mesma, incapaz de atender a nada e a ninguém, julgando que se basta a si mesma - em suma: indócil. A continuarem as coisas como até aqui, cada dia se notará mais em toda a Europa - e, como reflexo, em todo o mundo - que as massas são incapazes de e deixarem dirigir em qualquer sentido.
Nas horas difícies que se aproximam para o nosso continente, é possível que, subitamente angustiadas, tenham por um momento a boa vontade de aceitar, em certas matérias especialmente prementes, a direcção de minorias superiores.
Mas até esta boa vontade fracassará. Porque a textura radical de sua alma está feita de hermetismo e indocilidade, por que lhes falta de nascença a função de atender ao que está além delas, sejam factos, sejam pessoas. Quererão seguir alguém, e não poderão. Quererão ouvir, e descobrirão que são surdas".
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