Neste fim de ano gostaria de tecer outras considerações. Fazer os habituais votos de Feliz Natal e ano novo. Mas está sendo diferente, e estas datas são apenas dias como os outros no meu calendário.
Nesta semana, por exemplo, Lula contestou a pesquisa do IBGE que mostra que existem mais brasileiros obesos que passando fome. Segundo o presidente, os esfomeados “tem vergonha” de dizer que passam fome. De minha parte também teria vergonha. Teria vergonha de dizer que Lula é nosso presidente.
Mas aí tem um ponto interessante. Olhem só: se for usado na questão obesidade/fome os mesmos critérios usados para discutir a questão da divisão da riqueza/pobreza na economia nacional, em breve os obesos passarão de vítimas da balança a vilões da fome.
Explico: os socialistas acham que a economia é um sistema adiabático (fechado) em que o total de riquezas disponíveis é limitado. Cada vez que alguém ascende na escala social e passa a consumir mais riquezas, o seu lado da balança começa a pender, distanciando do equilíbrio ou “igualdade”. Com isso o outro lado da balança então começa a sofrer uma escassez desta mesma riqueza, gerando a famosa desigualdade e a pobreza.
Se esta concepção for usada para explicar a fome, chegaremos à mesma conclusão: se a riqueza nacional é limitada por que o número de calorias também não o seria? É claro que sim! Neste caso os brasileiros obesos não seriam meras vítimas da gula e da falta de equilíbrio alimentar, mas eles mesmos os causadores da falta de proteínas e calorias dos famélicos cidadãos na outra ponta da escala social. Nesta conta, quanto maior o número de obesos, maior o número de pessoas sub-nutridas.
Este é um paralelo interessante para se discutir a pobreza de idéias que os socialistas trazem ao debate sobre a geração de riqueza e eliminação da pobreza no país. Se for usar para outros aspectos como a inteligência por exemplo, vemos muito bem como o discurso socialista é tão simplista quanto enganador impedindo a verdadeira discussão das causas da pobreza no país.
Outra tragédia nacional é o discurso nacionalista. Enrolar-se em bandeiras, destilar o ódio a qualquer manifestação estrangeira – especialmente se a nação estrangeira for os Estados Unidos – é o esporte nacional. Há décadas, o espírito de inveja ao país da América do Norte tem sido o alvo preferencial de nossa cultura da aversão ao sucesso alheio. Tudo movido pelo mesma explicação “socialista” das desigualdades explicada nos parágrafos anteriores: se existe alguém rico é por que o fez à custa da exploração dos mais pobres.
Este espírito de vingança a tudo o que representa o estrangeiro / americano foi o que empurrou mesmo os mais ferrenhos nacionalistas anti-comunistas nos braços, ou no bolso, dos movimentos socialistas ou secretamente financiados por eles, como fantoches “idiotas úteis” em sua luta contra o capitalismo.
Deixem-se esclarecer que o nacionalismo que combato é aquela coisa infatilizada, radical do tipo “ame-o ou deixe-o”. Amar um país não significa odiar aos outros. Nem deixar de apontar as mazelas de nosso próprio país. E produtos culturais, por exemplo, não tem atestado de qualidade baseado em local de origem. Britney Spears e Amado Batista são tão ruins tanto quanto um pagode “de raiz”, assim como Mozart e Pink Floyd podem ser bons.
O nacionalismo imbecil do “melhor do Brasil é o brasileiro” só prova uma coisa: pior do que o nacionalismo de almanaque e o socialismo rasteiro isolados são os dois juntos. O pior é que temos os dois hoje bem representados no governo de Luís Inácio Lula da Silva....
Pensando bem, Nacionalismo e Socialismo já se encontraram muitas vezes na história. No encontro mais ruidoso, o filhote parido levou o nome dos pais : "Nazismo", ou melhor, vindo do "Partido Nacional-Socialsta dos Trabalhadores Alemães"....
Feliz Natal.... (?)
quinta-feira, dezembro 23, 2004
segunda-feira, dezembro 20, 2004
Hiper-realidade e normalidade
No antigo seriado do Zorro – para quem se lembra – havia uma situação recorrente. Sempre que algo de importante iria ocorrer, geralmente à noite, era mostrada sempre a mesma cena: o vigilante noturno parado na “plaza” central do povoado de Los Angeles tranquilizava a população avisando que era “Meia-Noite e estava tudo normal”...
Sabíamos que nada estava "normal", pois o Zorro ou algum bandido estava prestes a agir e a aparente tranquilidade do povoado iria sumir em questão de minutos.
Pois é exatamente a imagem que me vem à cabeça quando leio inúmeras manchetes de jornal, reportagens aclamando o “melhor momento” da economia desde 1994, dos índices de aprovação do governo e muitos outros etc.
À luz destas notícias e manchetes, parece que o Brasil nunca esteve tão bem, parece que o país é uma nau navegando em águas tranquilas rumo a um futuro promissor.
O país pensa exatamente isto hoje. Enquanto isso, nós – os paranóicos - continuamos a dizer que, pelo contrário, a situação do país é ameaçadora.
Nossos críticos nos acusam de usar uma lente de aumento, de aumentar ou exagerar fatos e informações que corroborem com “nossas” crenças, ao passo que menosprezamos os fatos que a contradizem. Fizemos então uma leitura hiper-realista dos fatos, uma espécie de visão política “expressionista” acentuando os os traços escuros desta aparente normalidade. Com isso ficamos bem destacados no contraste com o fundo pastel-ensolarado da normalidade “impressionista” da paisagem Brasileira. Somos personagens saídos de um romance “noir” de Dashiel Hammet a assombrar os pacatos cidadãos do fictício “povoado de Los Angeles”.
Será que estamos mesmo dentro de uma hiper-realidade?
Vejamos o que temos.
Uma verdade é inegável: hoje o Brasil sofre de uma censura auto-imposta de informações jamais vista em tempo algum de sua história. Mesmo no tempo do regime militar, em que havia censura sistemática às notícias não havia restrições à circulação de idéias e livros. Ou seja, a censura noticiosa e do entretenimento (cinema, novelas) não impediu o livre fluxo dos livros e idéias principalmente em nosso meio universitário e intelectual.
O que acontece hoje é muito pior: com redações e mentes empapuçadas de ideologia vendida como “senso comum”, os meios de informação auto-mutilam suas mensagens, seja eliminando a notícia completamente seja “interpretando-a” dentro do seu arcabouço ideológico.
Isto causa uma contradição entre a realidade e a ficção nacionais incríveis. Como justificar e entender a vitória de Bush nos Estados Unidos se temos a impressão de que o americano médio (pelo menos os “letrados”) o odeiam? Constatação assegurada pelas próprias matérias dos jornais americanos reproduzidas por aqui como também pelos livros sobre o tema disponíveis no Brasil. A conclusão só pode ser uma: os americanos que elegeram Bush são caipirões iletrados, reacionários, violentos e perigosos. Isto é só um exemplo de muitos outros.
A nossa avaliação (a “paranóica”), por outro lado, é baseada em outros fatos e análises, notícias que não são veiculadas normalmente pela nossa imprensa. Estou falando de informações de sites como World Net Daily (www.wnd.com) , New Max (ww.newsmax.com) e centenas de blogs de diversos países (EUA, Austrália, Iraque, Venezuela). Há também livros de autores vindos por detrás da antiga cortina de ferro como Anatolyi Golitsyn & Ladislav Bittman por exemplo.
Tudo isso nos dá conta da profundidade e extensão dos programas de desinformação implementados pelos países comunistas (ou antigamente conhecidos como comunistas) para enganar o mundo ocidental e as ameaças que pairam sobre o mundo judaico-cristão neste início de milênio.
Nos damos conta da frenética tentativa de maquiar o passado. Também de como políticas como a do desarmamento civil e descriminalização das drogas podem levar. Sabemos da extensão e profundidade da influência do Foro de São Paulo nas ações deste governo. Se analisarmos o que já aconteceu (no exterior, no passado ou presente) quando estas técnicas foram usadas comparando com o que está acontecendo no Brasil, o prognóstico é sombrio.
Será que somos nós os errados? Será que somos tão paranóicos ao ponto de não enxergar o que acontece de verdade – a tal realidade – preterindo-a por uma “hiper-realidade” auto-impingida?
Não acredito. Mas tenho pelo menos a humildade de aceitar esta pecha, pois seria um efeito colateral mínimo e até desejável. Se nossas preocupações ajudarem de alguma forma a desmontar a bomba, então o preço de ser um “paranóico” seria pequeno. A obrigação moral que sobrevêm a todos que tem posse destas informações, é brutal e antecede a todo o resto.
Melhor ser conhecido com o “paranóico” profeta de uma catástrofe que não aconteceu do que o detentor da sabedoria aristocrático-afetada do “não digam que eu não avisei...”
Sabíamos que nada estava "normal", pois o Zorro ou algum bandido estava prestes a agir e a aparente tranquilidade do povoado iria sumir em questão de minutos.
Pois é exatamente a imagem que me vem à cabeça quando leio inúmeras manchetes de jornal, reportagens aclamando o “melhor momento” da economia desde 1994, dos índices de aprovação do governo e muitos outros etc.
À luz destas notícias e manchetes, parece que o Brasil nunca esteve tão bem, parece que o país é uma nau navegando em águas tranquilas rumo a um futuro promissor.
O país pensa exatamente isto hoje. Enquanto isso, nós – os paranóicos - continuamos a dizer que, pelo contrário, a situação do país é ameaçadora.
Nossos críticos nos acusam de usar uma lente de aumento, de aumentar ou exagerar fatos e informações que corroborem com “nossas” crenças, ao passo que menosprezamos os fatos que a contradizem. Fizemos então uma leitura hiper-realista dos fatos, uma espécie de visão política “expressionista” acentuando os os traços escuros desta aparente normalidade. Com isso ficamos bem destacados no contraste com o fundo pastel-ensolarado da normalidade “impressionista” da paisagem Brasileira. Somos personagens saídos de um romance “noir” de Dashiel Hammet a assombrar os pacatos cidadãos do fictício “povoado de Los Angeles”.
Será que estamos mesmo dentro de uma hiper-realidade?
Vejamos o que temos.
Uma verdade é inegável: hoje o Brasil sofre de uma censura auto-imposta de informações jamais vista em tempo algum de sua história. Mesmo no tempo do regime militar, em que havia censura sistemática às notícias não havia restrições à circulação de idéias e livros. Ou seja, a censura noticiosa e do entretenimento (cinema, novelas) não impediu o livre fluxo dos livros e idéias principalmente em nosso meio universitário e intelectual.
O que acontece hoje é muito pior: com redações e mentes empapuçadas de ideologia vendida como “senso comum”, os meios de informação auto-mutilam suas mensagens, seja eliminando a notícia completamente seja “interpretando-a” dentro do seu arcabouço ideológico.
Isto causa uma contradição entre a realidade e a ficção nacionais incríveis. Como justificar e entender a vitória de Bush nos Estados Unidos se temos a impressão de que o americano médio (pelo menos os “letrados”) o odeiam? Constatação assegurada pelas próprias matérias dos jornais americanos reproduzidas por aqui como também pelos livros sobre o tema disponíveis no Brasil. A conclusão só pode ser uma: os americanos que elegeram Bush são caipirões iletrados, reacionários, violentos e perigosos. Isto é só um exemplo de muitos outros.
A nossa avaliação (a “paranóica”), por outro lado, é baseada em outros fatos e análises, notícias que não são veiculadas normalmente pela nossa imprensa. Estou falando de informações de sites como World Net Daily (www.wnd.com) , New Max (ww.newsmax.com) e centenas de blogs de diversos países (EUA, Austrália, Iraque, Venezuela). Há também livros de autores vindos por detrás da antiga cortina de ferro como Anatolyi Golitsyn & Ladislav Bittman por exemplo.
Tudo isso nos dá conta da profundidade e extensão dos programas de desinformação implementados pelos países comunistas (ou antigamente conhecidos como comunistas) para enganar o mundo ocidental e as ameaças que pairam sobre o mundo judaico-cristão neste início de milênio.
Nos damos conta da frenética tentativa de maquiar o passado. Também de como políticas como a do desarmamento civil e descriminalização das drogas podem levar. Sabemos da extensão e profundidade da influência do Foro de São Paulo nas ações deste governo. Se analisarmos o que já aconteceu (no exterior, no passado ou presente) quando estas técnicas foram usadas comparando com o que está acontecendo no Brasil, o prognóstico é sombrio.
Será que somos nós os errados? Será que somos tão paranóicos ao ponto de não enxergar o que acontece de verdade – a tal realidade – preterindo-a por uma “hiper-realidade” auto-impingida?
Não acredito. Mas tenho pelo menos a humildade de aceitar esta pecha, pois seria um efeito colateral mínimo e até desejável. Se nossas preocupações ajudarem de alguma forma a desmontar a bomba, então o preço de ser um “paranóico” seria pequeno. A obrigação moral que sobrevêm a todos que tem posse destas informações, é brutal e antecede a todo o resto.
Melhor ser conhecido com o “paranóico” profeta de uma catástrofe que não aconteceu do que o detentor da sabedoria aristocrático-afetada do “não digam que eu não avisei...”
Brasil: Um país rico..... em calorias pelo menos.
O artigo do Rodrigo Constantino no Mídia Sem Máscara está hilário: "Imposto sobre calorias já! Quem foi que teve a estapafúrdia idéia de que um indivíduo tem o direito de ser gordo, comendo o que quiser? Ainda mais enquanto alguns são desnutridos, o que deve ser culpa dos gordos, já que os socialistas nos ensinaram que a riqueza (calorias também) é estética, bastando ser melhor distribuída. Um ultraje o sujeito desfilar com sua proeminente barriga enquanto o vizinho convive com seus ossos à mostra. Vamos lutar por um mundo mais igual. Magros do mundo todo, uni-vos!"
Mas lembro de alguns fatos importantes sobre este novo dado do IBGE.
- Ao invés de provar o fracasso do fome-zero o governo pode alegar o contrário: em menos de dois anos o programa teve um sucesso tão estupendo em resolver o problema da fome que agora temos outro problema: a obesidade...
- Di Calvancanti estava certo! Que Gisele Bundchen que nada. Nosso bio-tipo esteve sempre mais para Preta Gil... Sargentelli já sabia disso há 40 anos....
- Pode ser consequência do sucesso das telas do Fernando Botero ou da Fat Family...
- Papai Noel nunca mais será o mesmo neste país....
Mas lembro de alguns fatos importantes sobre este novo dado do IBGE.
- Ao invés de provar o fracasso do fome-zero o governo pode alegar o contrário: em menos de dois anos o programa teve um sucesso tão estupendo em resolver o problema da fome que agora temos outro problema: a obesidade...
- Di Calvancanti estava certo! Que Gisele Bundchen que nada. Nosso bio-tipo esteve sempre mais para Preta Gil... Sargentelli já sabia disso há 40 anos....
- Pode ser consequência do sucesso das telas do Fernando Botero ou da Fat Family...
- Papai Noel nunca mais será o mesmo neste país....
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