Descartes é o precursor do mundo contemporâneo. Pelo menos a ideia de mundo contemporâneo que durou até as revelações da Física Quântica, quando se pensava que tudo poderia ser matematicamente determinado.
O suporte central deste novo mundo lógico-racional foi a dedução ("Cogito ergo sum") de Descartes, a partir de seu exercício de dúvida metódica. Apresento o texto abaixo, retirado da coleção "Grandes Pensadores" sobre o tema, onde o autor faz algumas análises pertinentes sobre o tal processo da dúvida metódica.
A dúvida de Descartes (luisafonso): "Antes de mais , é evidente que o processo de dúvida metódica evolui sob a supervisão da faculdade racional. Contudo, Descartes afirma que “rejeita” como falsos todos os raciocínios que antes tinha tomado por demonstrações.
Ora, não parece lógico limitar a rejeição unicamente aos próprios raciocínios. Os raciocínios não aparecem sozinhos e são, pelo contrário, o produto da razão humana. E, se os raciocínios foram erróneos, isso é por que o seu emissor, a razão, não pode ser considerada como uma instância absolutamente fiável. Mas, nesse caso, como poderemos confiar nela para o resto do processo?"