“ Oh my lord (so praise the lord)
They had become to doubt you
Oh my lord (he is the truth forever)
What did they know about you
Oh my lord (so praise the lord)
But they were lost without you
They needed you so bad (his light is shining on us)”
Boney M. - Mary´s Boy Child Jesus Christ / Oh My Lord
O ano passa, o tempo voa, os compromissos sucedem-se e cá estamos nós novamente à beira de um ataque nervoso de fim de ano. Nem me dei conta que esta semana é a semana do natal. A ficha só foi cair quando eu li a mensagem de Natal do Olavo.
Então... É Natal!
Não, nada a ver com aquela a-versão da música do Lennon “Happy Xmas”que a Simone cometeu há alguns anos (e que nos assombra todo ano desde então), mas com a percepção exata do que é o nascimento de Jesus.
Ok, vamos ser mais exatos -“ exactos” assombra a minha mente num relance: oh céus, será que estou virando lusitano?-, não é o Nascimento de Jesus o definidor do novo rumo para a humanidade, mas a Sua morte, Seu sacrifício.
Mas nada seria possível se Ele não houvesse nascido exatamente (“exactamente!”) como nasceu.
Encontro muitas pessoas que se dizem católicas mas são as primeiras a denunciar como dogmas “ sem consistência” a virgindade de Maria, os milagres de Cristo e mesmo a sua Ressureição.
Dizem que devemos admirar Cristo pelos seus ensinamentos, não pelo que ele “foi”. Ou seja: esta turma quer dizer que Cristo não era filho de Deus coisa nenhuma. Ele era mesmo um impostor, mas seus ensinamentos eram bons. E eram bons por dois motivos: ensinavam a brandura mas ao mesmo tempo a resistência.
Ou seja, quem lê isto desta forma só pode mesmo achar que Cristo e Che Guevara tinham mesmo alguma coisa em comum.
Como as dezenas de mensagens de recebi por ocasião do quadragésimo aniversário da morte do açougueiro.
Mas voltando ao centro: como um cristão pode conceber que Cristo e Guevara tenham similaridades senão pela subtração completa de substância divina à Cristo?
Pois é isso o que acontece com o catolicismo hoje em dia.
Não sei do grau de degradação da Igreja Católica aqui em Portugal, falo do que acontece no Brasil, onde os teólogos da libertação acabaram com o ensino da verdadeira religião. A julgar, pelo menos, do número de adolescentes que vestem camisetas (camisolas) à Chê, parece que vai para o mesmo caminho...
Voltando novamente: Cristo não foi uma versão anterior de Guevara. Precisamente, podemos dizer que Cristo seria, ao nível do conhecimento, uma versão revista e aumentada ao infinito de Sócrates (por favor, não confundam com o atual primeiro sinistro – do italiano “sinistro”: esquerdo – português).
Tais “católicos” só podem cair nesta falácia pois não conhecem a verdadeira natureza do sacrifício de Jesus Cristo. O objetivo deste post é esclarecer este ponto fundamental do cristianismo.
Vamos tecer um pequeno preâmbulo à história de Cristo. Que é a história de Adão e Eva (ok, para aqueles que acham que a Bíblia deve ser encarada como poesia, ficção científica e verdades esparsas – ao critério do leitor – aqui vai algo aterrador: não, a Bíblia não compõe-se capítulos independentes. É uma).
Adão, o primeiro homem criado diretamente por Deus, era perfeito e, portanto, imortal.
Adão, ao desobedecer – com Eva – às instruções de Deus, deixou de ser perfeito. Passou a ser imperfeito e mortal.
Este é o “pecado original” ao qual todos herdamos desde então. Por isso diz-se que o homem é um pecador, por que todos nascemos com a marca daquele pecado.
Como deixaríamos de ser herdeiros automáticos do pecado e da morte?
Simples: Resgatando o pecado de Adão. Acontece que Adão era um homem perfeito e , portanto, para este resgate, somente um outro homem perfeito poderia fazê-lo.
É por isso que Maria teria de gerar a Jesus virgem. Jesus Cristo só poderia ter a condição de resgatar o pecado de Adão se fosse igualmente perfeito. Isso quer dizer que ele não poderia ser filho natural de nenhum homem, pois eles todos eram imperfeitos e , portanto, incapazes de poder “ resgatar” o pecado original de Adão.
Por isso Jesus nasceu da maneira como nasceu: como se fosse criado por Deus, como Adão o foi.
Então o Nascimento de Jesus, da maneira descrita na Bíblia – por mais extraordinária que possa parecer – é fundamental para a posterior concretização das profecias.
Só por que Jesus nasceu como um homem perfeito é que poderia ser o “cordeiro de Deus” para tirar o pecado do Mundo. Jesus, homem perfeito, deixando-se sacrificar é o que resgatou a esperança à humanidade. “Cordeiro” é o animal tradicional das oferendas à Deus. E este é o verdadeiro significado do Nascimento, Vida e Morte de Jesus. E o que torna a Ressureição tão espetacular e capaz de encher-nos de alegria e esperança.
Portanto o Natal é isso. A celebração do conjunto de possibilidades infinitas e de esperanças para toda a humanidade que foram concebidos de maneira mais humilde possível - numa estrabaria rodeada de pastores e animais do campo.
Quem poderia dizer que uma simples manjedoura poderia mudar o rumo da humanidade?
A sabedoria de Deus é imensa.