quarta-feira, dezembro 19, 2007

"Então é Natal."


Oh my lord (so praise the lord)

They had become to doubt you

Oh my lord (he is the truth forever)

What did they know about you

Oh my lord (so praise the lord)

But they were lost without you

They needed you so bad (his light is shining on us)”

Boney M. - Mary´s Boy Child Jesus Christ / Oh My Lord


O ano passa, o tempo voa, os compromissos sucedem-se e cá estamos nós novamente à beira de um ataque nervoso de fim de ano. Nem me dei conta que esta semana é a semana do natal. A ficha só foi cair quando eu li a mensagem de Natal do Olavo.


Então... É Natal!

Não, nada a ver com aquela a-versão da música do Lennon “Happy Xmas”que a Simone cometeu há alguns anos (e que nos assombra todo ano desde então), mas com a percepção exata do que é o nascimento de Jesus.


Ok, vamos ser mais exatos -“ exactos” assombra a minha mente num relance: oh céus, será que estou virando lusitano?-, não é o Nascimento de Jesus o definidor do novo rumo para a humanidade, mas a Sua morte, Seu sacrifício.
Mas nada seria possível se Ele não houvesse nascido exatamente (“exactamente!”) como nasceu.


Encontro muitas pessoas que se dizem católicas mas são as primeiras a denunciar como dogmas “ sem consistência” a virgindade de Maria, os milagres de Cristo e mesmo a sua Ressureição.


Dizem que devemos admirar Cristo pelos seus ensinamentos, não pelo que ele “foi”. Ou seja: esta turma quer dizer que Cristo não era filho de Deus coisa nenhuma. Ele era mesmo um impostor, mas seus ensinamentos eram bons. E eram bons por dois motivos: ensinavam a brandura mas ao mesmo tempo a resistência.

Ou seja, quem lê isto desta forma só pode mesmo achar que Cristo e Che Guevara tinham mesmo alguma coisa em comum.

Como as dezenas de mensagens de recebi por ocasião do quadragésimo aniversário da morte do açougueiro.

Mas voltando ao centro: como um cristão pode conceber que Cristo e Guevara tenham similaridades senão pela subtração completa de substância divina à Cristo?

Pois é isso o que acontece com o catolicismo hoje em dia.

Não sei do grau de degradação da Igreja Católica aqui em Portugal, falo do que acontece no Brasil, onde os teólogos da libertação acabaram com o ensino da verdadeira religião. A julgar, pelo menos, do número de adolescentes que vestem camisetas (camisolas) à Chê, parece que vai para o mesmo caminho...


Voltando novamente: Cristo não foi uma versão anterior de Guevara. Precisamente, podemos dizer que Cristo seria, ao nível do conhecimento, uma versão revista e aumentada ao infinito de Sócrates (por favor, não confundam com o atual primeiro sinistro – do italiano “sinistro”: esquerdo – português).


Tais “católicos” só podem cair nesta falácia pois não conhecem a verdadeira natureza do sacrifício de Jesus Cristo. O objetivo deste post é esclarecer este ponto fundamental do cristianismo.


Vamos tecer um pequeno preâmbulo à história de Cristo. Que é a história de Adão e Eva (ok, para aqueles que acham que a Bíblia deve ser encarada como poesia, ficção científica e verdades esparsas – ao critério do leitor – aqui vai algo aterrador: não, a Bíblia não compõe-se capítulos independentes. É uma).

Adão, o primeiro homem criado diretamente por Deus, era perfeito e, portanto, imortal.

Adão, ao desobedecer – com Eva – às instruções de Deus, deixou de ser perfeito. Passou a ser imperfeito e mortal.

Este é o “pecado original” ao qual todos herdamos desde então. Por isso diz-se que o homem é um pecador, por que todos nascemos com a marca daquele pecado.

Como deixaríamos de ser herdeiros automáticos do pecado e da morte?

Simples: Resgatando o pecado de Adão. Acontece que Adão era um homem perfeito e , portanto, para este resgate, somente um outro homem perfeito poderia fazê-lo.


É por isso que Maria teria de gerar a Jesus virgem. Jesus Cristo só poderia ter a condição de resgatar o pecado de Adão se fosse igualmente perfeito. Isso quer dizer que ele não poderia ser filho natural de nenhum homem, pois eles todos eram imperfeitos e , portanto, incapazes de poder “ resgatar” o pecado original de Adão.

Por isso Jesus nasceu da maneira como nasceu: como se fosse criado por Deus, como Adão o foi.


Então o Nascimento de Jesus, da maneira descrita na Bíblia – por mais extraordinária que possa parecer – é fundamental para a posterior concretização das profecias.


Só por que Jesus nasceu como um homem perfeito é que poderia ser o “cordeiro de Deus” para tirar o pecado do Mundo. Jesus, homem perfeito, deixando-se sacrificar é o que resgatou a esperança à humanidade. “Cordeiro” é o animal tradicional das oferendas à Deus. E este é o verdadeiro significado do Nascimento, Vida e Morte de Jesus. E o que torna a Ressureição tão espetacular e capaz de encher-nos de alegria e esperança.


Portanto o Natal é isso. A celebração do conjunto de possibilidades infinitas e de esperanças para toda a humanidade que foram concebidos de maneira mais humilde possível - numa estrabaria rodeada de pastores e animais do campo.

Quem poderia dizer que uma simples manjedoura poderia mudar o rumo da humanidade?


A sabedoria de Deus é imensa.






terça-feira, dezembro 18, 2007

Mensagens de Natal

Mensagens de Natal.


Number One: Olavo de Carvalho enviou-me esta mensagem em inglês, que traduzo para vocês...



Mensagem de Natal 2007

Olavo de Carvalho



“Quando questionado sobre o dia do fim do mundo, Jesus Cristo disse que era um segredo muito bem guardado que Deus Pai havia mantido para si mesmo ( “ Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai”- Mateus 24:36). Esta resposta conduz à duas inescapáveis implicações lógicas:

Primeiro, que Cristo é o Logos Divino, a Razão Divina, que é, o sistema eterno que existe de todas as leis que governam o Cosmos e toda a realidade possível. Se o conhecimento referente ao tempo do fim do mundo pertence unicamente ao Pai e não ao Filho também, isto significa que a chegada do fim não será determinada por nenhuma lei, mas por um puro Ato de Vontade, uma expressão da Liberdade Divina ee não propriamente da Razão Divina.

Segundo, se o tempo do fim é um mistério insondável, a culminação ou o propósito final do processo histórico humano é também inescrutável. Seja qual for o estado de progresso ou decadência que pode ter sido obtido a um dado momento, (este estado) poderá ser modificado por desenvolvimentos não observados no dia ou no minuto seguinte. Uma decisão em nível eterno tomada por Deus Pai , Ele próprio, torna a História humana um processo em aberto, não limitado por quaisquer fins pré-determinados, não destinada a alcançar qualquer estágio de perfeição pré-definido.

Já por cinco ou seis séculos, contudo, muitos homens têm tentado persuadir a humanidade de que eles não apenas podem antever claramente àquele estado de perfeição, mas sabem também do preciso caminho social, cultural, político e histórico que deve ser percorrido de modo a obtê-lo.

Isto é o que chamo de “mente revolucionária”. Se o resultado histórico de sua chegada ao mundo tomou a forma de assassinatos em massa, governos tirânicos, miséria e dor indescritíveis, não foi por que a mente revolucionária foi traída por seus próprios representantes ou cometeu alguns pequenos erros na no caminho do seu paraíso terreno prometido. Foi por que a mente revolucionária presume ser mais sábia do que o próprio Cristo. E qualquer um que presuma-se mais sábio do que Cristo também recusa o Espírito Santo. A mente revolucionária é o pecado contra o Espírito Santo, um pecado que não será perdoado nem durante a vida terrena , nem na futura.

Ninguém deveria acreditar que, seguindo a destruição de um regime revolucionário, a mente revolucionária também seria expelida para sempre da história humana. Sob milhares de novos disfarces, muitos dos quais sutis e difíceis de reconhecer, ela reaparece de novo e de novo em nossos corações e mentes, por isso é especificamente, a versão moderna da grande tentação.

Hoje, em que nos preparamos para contemplar mais uma vez a Criança Divina em Seu Humilde berço, por favor lembrem-se: Ele é a fonte e o limite de nossa sabedoria. Ele é medida, a régua e a balança. Ele é o Alfa e o Ômega. Além destes limites, há somente o mistério insondável da Liberdade Divina”







Number two: Recebi agora à noite, uma pequena mensagem de Natal do pároco da Paróquia da Maia- Padre Domingos Jorge , aqui onde moro (Maia, Portugal). É sincera e tocante.



Feliz Nata à Todos!

O Meu Cartão de Boas Festas

PADRE Domingos Jorge

(pároco da Paróquia da Maia, Portugal)



“É Natal. A notícia de Belém ecoou por toda a Terra e chegou até nós. Jesus nasceu no stábulo, o único lugar que Maria e José econtraram disponível, depois de terem batido às portas das hospedeiras.

Olhando o Presépio, fico extasiado e interrogo-me: Seu filho num lugar tão pobre, tão simples e tão fora do que era normal para qualquer ser humano?

Emudeço que não encontro explicações humanas que me façam entender e justificar tal escolha. Encontro as razões de Deus pela Fé que professo sendo ali a concretização da disponibilidade que Maria, quando o Anjo a vem convidar para ser a mãe de Jesus... Filho do Altíssimo, que responde: ` Faça-se em mim segundo a Tua Palavra´.

Se formos capases de olra, parando diante do Presépio , saberemos desconrir os apelso que Deys nos faz, para nós não soçobrarmos nesta sociedade onde se vê um autêntico descalabro dos verdadeiros valores.

O verdadeiro Natal pelas luzes, e els o são cada vez mais a embelezar as cidades e as casas, ou por outras realizações, pode passar despercebido, pois fica encoberto para muitos que viverão mais uma noite de tradição familiar ou de distracção.

Celebrar o Natal de Jesus, ir ao Presépio, leva-nos a descobrir que é na simplicidade, na transparência das atitudes, na humildadem na verdade, na pobreza e honestidade... que Deus Se revela.

Com este cartão de Boas Festas, e como Pároco da Maia, pretendo estar mais junto de cada paroquiano, partilhar os problemas que a cada um diz respeito, entrar na casa de cada um e viver com todos a Festa do Nascimento de Jesus.

Que ninguém se sinta só. Abra as portas à Jesus e Ele encherá o seu coração e a sua casa terá luz, como a daquelas estrelas que brilharam para os pastores, que guardavam o rebanho, nos arredores de Belém.

Que, hoje se sinta, neste nosso mundo, o canto dos Anjos como no primeiro Natal: GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE.”