terça-feira, julho 19, 2005

Partido dos "trabalhadores"..? onde?

Post sensacional do Marcelo Tas http://marcelotas.blog.uol.com.br/index.html

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Para mim, os vastos anos de férias na oposição, movidos a cachaça e conversa mole são a causa da presente crise. E não o cuecão cheio de dólares ou o Marcos Valério."


CARTA AOS PETISTAS



Por não ser petista, sempre fui considerado "de direita" ou "tucano" pelos meus amigos do falecido Partido dos Trabalhadores.

Vejam, nunca fui "contra" o PT. Antes dessa fase arrogante mercadântica-genoínica, tinha respeito pelo partido e até cheguei a votar nos "cumpanheiro". A produtora de televisão que ajudei a fundar no início da década de 80, a Olhar Eletrônico, fez o primeiro programa de TV do PT. Do qual aliás, eu não participei.

Desde o início, sempre tive diferenças intransponíveis com o Partido dos Trabalhadores. Vou citar duas.

Primeira: nunca engoli o comportamento homossexual dos petistas. Explico: assim como os viados, os petistas olham para quem não é petista com desdém e falam: deixa pra lá, um dia você assume e vira um dos nossos.

Segunda: o nome do partido. Por que "dos Trabalhadores"? Nunca entendi. Qual a intenção?

Quem é ou não é "trabalhador"? Se o PT defende os interesses "dos Trabalhadores", os demais partidos defendem o interesse de quem? Dos vagabundos?

E o pior, em sua maioria, os dirigentes e fundadores do PT nunca trabalharam. Pelo menos, quando eu os conheci, na década de 80, ninguém trabalhava. Como não eram eleitos para nada, o trabalho dos caras era ser "dirigentes do partido". Isso mesmo, basta conferir o currículum vitae deles.

Repare no choro do Zé Genoníno quando foi ejetado da presidência do partido. Depois de confessar seus pecadinhos, fez beicinho para a câmera e disse que no dia seguinte ia ter que descobrir quem era ele. Ia ter "que sobreviver" sem o partido. Isso é: procurar emprego. São palavras dele, não minhas.

Lula é outro que se perdeu por não pegar no batente por mais de 20, talvez 30 anos... Digam-me, qual foi a última vez, antes de virar presidente, que Luis Ignácio teve rotina de trabalhador? Só quando metalúrgico em São Bernardo. Num breve mandato de deputado, ele fugiu da raia. E voltou pro salarinho de dirigente de partido. Pra rotina mole de atirar pedra em vidraça.

Meus amigos petistas espumavam quando eu apontava esse pequeno detalhe no curriculum vitae do Lula. O herói-mor do Partido dos Trabalhadores não trabalhava!!!

Peço muita calma nessa hora. Sem nenhum revanchismo, analisem a enrascada em que nosso presidente se meteu e me respondam. Isso não é sintoma de quem estava há muito tempo sem malhar, acordar cedo e ir para o trabalho. Ou mesmo sem formar equipes e administrar os rumos de um pequeno negócio, como uma padaria ou de um mísero botequim?

Para mim, os vastos anos de férias na oposição, movidos a cachaça e conversa mole são a causa da presente crise. E não o cuecão cheio de dólares ou o Marcos Valério. A preguiça histórica é o que justifica o surto psicótico em que vive nosso presidente e seu partido. É o que justifica essa ilusão em Paris... misturando champanhe com churrasco ao lado do presidente da França... outro que tá mais enrolado que espaguete.

Eu não torço pelo pior. Apesar de tudo, respeito e até apoio o esforço do Lula para passar isso tudo a limpo. Mesmo, de verdade.

Mas pelamordedeus, não me venham com essa história de que todo mundo é bandido, todo mundo rouba, todo mundo sonega, todo mundo tem caixa 2... Vocês, do PT, foram escolhidos justamente porque um dia conseguiram convencer a maioria da população (eu sempre estive fora desse transe) de que vocês eram diferentes. Não me venham agora querer recomeçar o filme do início jogando todos na lama.

Eu trabalho desde os 15 anos. Nunca carreguei dinheiro em mala. Nunca fui amigo dessa gente.

Pra terminar uma sugestão para tirar o PT da crise. Juntem todos os "dirigentes", "conselheiros", "tesoureiros", "intelectuais" e demais cargos de palpiteiros da realidade numa grande plenária. Juntos, todos, tomem um banho gelado, olhem-se no espelho, comprem o jornal, peguem os classificados e vão procurar um emprego para sentir a realidade brasileira. Vai lhes fazer muito bem. E quem sabe depois de alguns anos pegando no batente, vocês possam finalmente, fundar de verdade um partido de trabalhadores.

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O inimigo da Humanidade

Acabo de receber este artigo da fundação Atlas na Argentina. Também lá Bin Laden é considerado um herói e Bill Gates um vilão. O inimigo da humanidade para nostros hermanos na Argentina também é o capitalismo. Não estamos sós.


El enemigo de la humanidad


Gustavo Lazzari

www.atlas.org.ar



En el programa Hora Clave de Mariano Grondona emitido el Domingo 10 de Julio, se realizó un sondeo telefónico en el cual se preguntaba ¿Cuál es el peor enemigo de la Humanidad... el Terrorismo o el Capitalismo?


Seguramente puede cuestionarse la rigurosidad de la pregunta. Sin embargo el resultado de la compulsa es mas que preocupante. Según los argentinos que llamaron y respondieron esa encuesta el 62% considera que el principal enemigo de la humanidad es el capitalismo en tanto que sólo el 38% de votó por el terrorismo como la mayor amenaza.


Es digno de estudiar ¿qué nos pasa a los argentinos?.


Mas allá que la encuesta sea o no cuestionable desde lo técnico, el resultado no difiere mucho de la realidad . Según una encuesta de Gallup, la Argentina es el país donde los Estados Unidos tienen peor imagen. La globalización no gana adeptos y el comercio es visto como una amenaza.


De hecho, muchos personajes públicos, periodistas y formadores de opinión se alegraron públicamente cuando fue el atentado a las Torres Gemelas el 11 de Septiembre del 2001. Algunos de ellos, como Hebe de Bonafini, tiene acceso directo al Presidente de la Nación y es invitada infaltable en actos oficiales y viajes presidenciales. Incluso luego de desear y celebrar la muerte de Juan Pablo II en forma pública.


A la hora de explicar los atentados de las Torres Gemelas, Atocha y el reciente de Londres, muchos periodistas y analistas del “tercer mundo” desempolvan (con inocultable sonrisa) la teoría del “por algo será”.


En los estadios de fútbol se ven banderas de Irak (con los colores de los equipos), de Corea del Norte y svásticas nazis. Incluso la Asociación del Fútbol Argentino (AFA) tuvo que emitir una resolución para castigar con el descuento de puntos la aparición de svásticas nazis en las tribunas. En las fiestas de casamiento pululan las máscaras de Bin Laden y Sadam Hussein. Muchos se tatúan la imagen del Che Guevara como un signo “fashion” de una revolución tan desconocida como fracasada. En la TV oficial se emiten programas especiales resaltando las virtudes del Sandinismo en Nicaragua, de la dictadura Bolivariana y del Castrismo.


Los argentinos decimos que amamos la democracia y la libertad sin embargo nuestros ídolos populares son el Che Guevara, Bin Laden, Fidel Castro y el Coronel Chávez y su loro.


La encuesta de Mariano Grondona debe tomarse con seria preocupación. Si nos dieran a optar entre Bin Laden y Bill Gates, sin duda los argentinos elegiríamos por el terrorista antes que por el empresario.


El éxito en la Argentina está mal visto. El esfuerzo individual es motivo de burla y descrédito. Los ahorros suelen ser confiscados y las propiedades usurpadas. La palabra comerciante se utiliza como un insulto y muchos sueñan con un “mundo sin dinero”.


Nuestro país tiene ejemplos históricos de auténticos héroes capitalistas. Héroes creadores de riqueza, trabajo y oportunidades. Debemos refrescar y reelaborar nuestra categoría de ídolos. Es necesario desempolvar la historia y buscar los buenos ejemplos de emprendedores privados, creadores de riqueza que no dependieron del estado y que se la jugaron en un ambiente hostil.


Para la Argentina es imprescindible respetar a los creadores de riqueza del pasado y admirar y felicitar a los del presente. Desde Luis Piedra Buena, Federico Lacroze, Federico Braun, Juan Manuel Fangio, Goar Mestre, Robert Bagley, Eduardo Bradley, Jorge Newbery, Juan Fugl, Alberto Gainza Paz, Guillermo Kraft, Jacobo Peuser, Pedro Piccardo, John Parish Robertson, Jorge Temperley, Carlos Thays, William Wheelwright, entre otros muchísimos hasta los actuales, Marcelo Tinelli, Adrian Suar, Nito Artaza, Cris Morena, Grobopatel, entre otros menos conocidos.


Los capitalistas son personas que crean riqueza. El terrorismo son cobardes que asesinan y destruyen.


En la Argentina los atentados se festejan y las inversiones se espantan. Nuestra frustración resultante, es canalizada celebrando los asesinatos que los terroristas desconocidos hacen en lugares que envidiamos. El culto a la envidia está instalado en la sociedad argentina y ahora fogoneado desde el gobierno.


La Fundación Atlas 1853 defiende los valores de libertad, tolerancia, iniciativa individual, seguridad jurídica y paz. Esos valores permiten que personas privadas se conviertan en emprendedores y hacedores. Los países crecen gracias a esos valores. Hoy estamos perdiendo el debate por goleada. Pero el partido sigue y merece nuestro mayor esfuerzo.






Fundación Atlas 1853

Adherirte a la Fundación Atlas 1853. Porque el cambio es posible y de vos depende.

www.atlas.org.ar


segunda-feira, julho 18, 2005

Lula repete Delúbio e Valério

Cartnha enviada à ZH.

"Prezados:

Parece mesmo que ZH está firme em seu propósito de poupar o presidente Lula. E não é mais um fato isolado à Rosane Oliveira.
Na edição desta segunda, 18/07/2005, tratando da crise do PT, ZH evita a todo custo comentar a entrevista de Lula à Globo no Fantástico de 17/07.
No jornal sobram dúvidas sobre a veracidade da versão de Delúbio e Valério. Mas ninguém se atém ao fato de o próprio presidente confirmar suas versões de "crime eleitoral".
Conclusão: ZH está tão empenhada em defender Lula que evita até de comentar  ou  publicar suas próprias declarações.
ZH pensa, com razão, que tudo o que o presidente disser poderá ser usado contra ele. Por isso melhor esconder.

Envio então em anexo o teor da entrevista.


Íntegra da entrevista em que Lula repete Valério e Delúbio


1h29 - Leia abaixo a íntegra da entrevista de Lula transmitida no Fantástico de ontem à noite:
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Numa entrevista concedida a uma jornalista brasileira que trabalha para a televisão francesa, o presidente Lula falou sobre a crise política que o Brasil atravessa. Disse que os escândalos de corrupção serão apurados até o fim. A entrevista à repórter Melissa Monteiro foi em Paris, sexta-feira passada, dia 15 de julho.
Em relação ao PT, Lula disse que o partido errou ao fazer, do ponto de vista eleitoral, o que, segundo ele, se faz sistematicamente no Brasil. O Fantástico não teve interferência na escolha das perguntas, mas comprou os direitos de exibição da entrevista.
Infelizmente o Brasil atravessa uma nova crise política, nós já atravessamos outras crises no passado, ligadas a corrupção. Quando é que o Brasil vai se livrar definitivamente dessa doença, qual é a cura definitiva?
Lula: De um lado você tem uma série de denúncias, naquilo que diz respeito a possibilidade de investigação de um governo, nós estamos fazendo mais do que já foi feito em qualquer outro momento da história do Brasil. E tem um problema grave, porque toda vez que você combate a corrupção, ela aparece mais na imprensa e passa para a sociedade que tem mais corrupção exatamente porque você está combatendo. Nesses 29 meses de governo mais de mil pessoas foram presas no Brasil, ou seja, presas de verdade, por sonegação, por prática de corrupção. E nós vamos continuar utilizando todo o potencial que o estado tem para fazer o que precisa ser feito no Brasil.
Meus adversários devem ter ficado um pouco indignados porque todas essas denúncias de corrupção, não chegaram ao governo. Pelo contrário, as últimas pesquisas mostraram que o governo teve um crescimento na opinião pública. Isso significa que o povo brasileiro está sabendo distinguir bem o que é denúncia verdadeira, o que o governo está apurando e o que é peça de discurso de pessoas que querem fazer discurso.  Ou seja, toda vez que alguém faz ilações sobre corrupção e não dá o nome concreto, fica difícil de apurar.
O Congresso Nacional tem uma CPI que vai funcionar até outubro. Portanto até lá nós vamos ter ainda muita gente sendo ouvida, muita denúncia. Algumas serão verdadeiras porque terão nomes e aí você terá como investigar. Outras serão ilações que você, muitas vezes, não tem como investigar. Depois que a CPI terminar o trabalho dela, ela vai ter que mandar isso para o Ministério Público e aí ele vai então decidir o que fazer com o resultado.
É importante lembrar que também não é a primeira vez que o Brasil tem uma CPI. Nós gostamos muito de CPI e elas são feitas sistematicamente e eu acho que isso faz parte do jogo democrático. O que é importante para mim é que eu gostaria que não acontecesse isso. Eu acho que o Brasil não merece isso porque ele está vivendo um bom momento na sua economia, o Brasil está vivendo um bom momento na geração de empregos e eu gostaria que tudo fosse diferente. Mas não é. Faz parte da política, nós temos que encarar isso com a tranqüilidade que um dirigente tem que ter e vamos ver se os nomes aparecem e se as provas aparecem para que as pessoas possam ser punidas.
O senhor acredita que há males que vêm para o bem?
Lula: A minha tese é que nós precisamos aproveitar esse momento que está acontecendo no Brasil para sermos mais duros, criarmos mais mecanismos de proteção do estado brasileiro e vamos fazer. Goste quem gostar, doa a quem doer, nós vamos continuar sendo implacáveis na apuração da corrupção e quem tiver que ficar bravo com o governo, que fique. Mas se tiver, nós vamos apurar. Esse é o papel da Polícia Federal, do Ministério Público, esse é o papel do governo. Mas o que nós precisamos é trabalhar com fatos verdadeiros para que possamos mostrar o resultado concreto das investigações para a sociedade.
Vossa excelência sente um peso muito maior hoje do que quando foi eleito Presidente da República?
Lula: Não, hoje eu tenho muito mais consciência do que é administrar um país como o Brasil. Na verdade, quando eu tomei posse tinha uma preocupação muito forte com a questão da política econômica, e isso foi resolvido por que tivemos paciência, não tomamos nenhuma atitude populista, porque soubemos esperar o tempo certo de fazer as coisas. E, agora, deveria ser o momento em que a gente estaria colhendo aquilo que plantamos em 2003 e 2004. Não estava previsto acontecer era nenhum erro político, nenhuma crise mais forte, mas aconteceu. E nós esperamos que, se cada instituição cumprir o seu papel, resolveremos isso. O Brasil não pode. De forma nenhuma, jogar fora uma oportunidade extraordinária como essa.
O Brasil é mais respeitado no mundo. Tem mais força nos organismos multilaterais, tanto na ONU, quanto na OMC, e nós precisamos fazer deste respeito que conquistamos uma conquista de benefícios para o povo brasileiro, seja no comércio, seja na política.
Sente saudades em que era sindicalista ou oposição?
Lula: Saudade não, até por que passei a vida inteira para chegar onde cheguei. Na verdade quando você é oposição tem mais facilidades, não tem a responsabilidade de fazer, só de cobrar. Eu sempre tento fazer analogia com coisas simples que as pessoas possam entender. Muitas vezes, dentro de casa, um filho ao pedir dinheiro para o pai, e que o pai nega, ele (o pai) pode estar sendo o mais verdadeiro dos seres humanos.  Mas o filho acha que o pai estava negando uma coisa que ele poderia fazer. Na política é a mesma coisa. Se você quiser ser sério, só poderá fazer aquilo que é possível fazer. Não pode inventar, gastar o que não tem, fazer populismo, prometendo coisas que você não vai conseguir fazer. Trabalhar com a verdade é muito fazer. A desgraça da mentira é que, ao você contar a primeira, passa a vida inteira contando mentiras para justificar a primeira. E a verdade não. Ela você disse ela hopje, daqui há cem anos vai dizer outra vez. Então, eu prefiro ser verdadeiro.
O senhor foi criador do PT. É impossível não associar a sua imagem à imagem do partido. Hoje ele comemora 25 anos e, infelizmente, está envolvido em todas essas denúncias de corrupção. Onde foi que o pai, Lula, errou?
Lula: Olha, eu tenho o PT como filho, por que eu ajudei, sou um dos fundadores do PT. Acho que o PT está sendo vítima do seu crescimento, ou seja, em 20 anos chegamos à presidência do Brasil, coisas que, em outras partes do mundo, muitos partidos demoraram 100 anos para chegar. A minha tese é de que o PT tem explicar para sociedade brasileira que erros cometeu. Na medida em que o partido trocou a direção e está fazendo uma auditoria interna, o Tarso Genro tem o compromisso de explicar para a sociedade onde e por que o PT errou, e o que vai fazer para consertar este erro.
O que o PT fez do ponto de vista eleitoral é o que é feito no Brasil sistematicamente. Eu acho que as pessoas não pensaram direito no que estavam fazendo. O PT tem na ética uma de suas marcas mais extraordinárias. E não é por causa do erro de um dirigente ou de outro que você pode dizer que o PT está envolvido em corrupção. Eu acho que a nova direção do partido saberá explicar para a sociedade o que aconteceu com o PT e o que vai acontecer daqui para a frente.
Mas o senhor estima que alguma culpa nesta crise do PT e do país?
Lula: Não. Já faz tempo que deixei de ser presidente do PT. Fui presidente por três anos. Depois da presidência da República, não pude mais participar das direções do partido, das reuniões dos diretórios. O PT tem muita autonomia com relação ao governo. E o governo tem mais autonomia ainda em relação ao PT. Eu acho que o partido teve um problema que é a questão da direção. Houve um tempo em que os melhores quadros da política de esquerda no Brasil eram dirigentes do PT e depois que nós ganhamos prefeituras, governos estaduais, elegemos muitos deputados e eu ganheir a presidência, grande partes desses quadros vieram para o governo e a direção ficou muito fragilizada, enfraquecida, possivelmente por isso cometemos erros que outrora não cometeríamos.
Como o senhor vê o Lula, daqui a um ano e meio, em 2006, após as eleições presidenciais?
Lula: Eu não estou pensando ainda em 2006. Tenho ainda um ano e meio de mandato a cumprir e isso vai exigir de nós uma capacidade de trabalho muito grande. Nós temos muitas coisas acontecendo no Brasil e precisamos cumprir com o nosso primeiro mandato.
Não discuti ainda a questão da reeleição. Não tenho pressa de discutir. Eu tenho que cumprir um programa de governo que eu prometi ao povo brasileiro em 2002. Depois vamos pensar em 2006.
A perspectiva que tenho é que o ano de 2006 será muito melhor para o Brasil do que foi 2005, 2004, 2003. E acho que 2007 será melhor que 2006, que 2008 será melhor que 2007. Eu acredito no Brasil, num ciclo de crescimento sustentável duradouro, que possa durar 10, 15 ou 20 anos. Por isso eu acho que o Brasil está no caminho certo e não temos por que mudar de rota.