Muçulmanos rezam em frente ao Duomo, em Milão; João Paulo II beija o Corão (Maio de 1999 Vaticano).
O movimento de Islamização da Europa, para ser melhor entendido, tem de ser observado pelas suas partes constituintes que, ao meu ver, mesclam valores tradicionais e fundantes da fé cristã com outros que foram cuidadosamente plantados para mesmo explorará-las, tornando-as mesmo cavalos de tróia desta invasão.
Dividi estes elementos em passivos, circunstânciais/históricos e ativos.
Elementos passivos:
São os valores tradicionais da fé cristã. Destaco a tolerância e o amor ao próximo, especialmente as palavras de Jesus em "dar a outra face ao inimigo".
Mas é claro que eles são utilizados como pano de fundo. Ao tempo de Jesus estes novos valores serviram para mostrar que o Reino de Deus estava ao alcance de todos que ouvissem Suas palavras e que a maior fortaleza que os cristãos poderiam mostrar aos seus inimigos era escolher a morte à renegar seus valores.
Ora, isto é o contrário do que acontece hoje em dia, em que a tolerância não é usada para dar acesso a todos sobre as "boas novas" mas sim refrear os cristãos em divulgar estas boas novas.
Mas esta nova percepção não teria lugar se não fosse a ajuda dos outros elementos.
Elementos circustânciais / históricos:
Classifico-os assim pois a sua origem, apesar de ser rastreável ao longo dos séculos (principalmente depois da Reforma protestante culminando com a Revolução Francesa) não tem um ator único. Refiro-me ao
Revisionismo histórico I (anticlerical): que deu origem aos inúmeros "complexos de culpa" da Igreja Católica, especialmente , neste caso às Cruzadas e a "ocupação" de Jerusalém.
Revisionismo histórico II (a vitimização dos muçulmanos): Ao mesmo tempo que se reforça a "culpa" dos cristãos, se cria uma vitimização dos muçulmanos. Sim, apesar deles mesmo terem dominado todo o sul da Europa durante séculos, reintroduzindo a escravidão entre outras coisas, são tratados como vítimas do cristianismo.
Elementos ativos:
Concílio Vaticano II: A "nova igreja", moderna, se incorpora ao mundo. Ao incorporar-se, começa a fazer "parte do mundo", exatamente o contrário do que JC havia pregado. O quanto isso se deve à influência comunista nas fundações do concílio tem de ser ainda completamente esclarecidas, mas é inegável que, depois de mais 5 décadas tentando acabar com o seu maior inimigo, o catolicismo, o comunismo compreendeu que só poderia ganhar a batalha por invadir a Igreja por dentro.
Ecumenismo: É um dos filhotes do concílio, mas deve ser examinado de modo especial, pois apesar de parecer uma resposta ao "complexo de culpa" histórico é, em si mesmo, uma confissão de que a fé católica - e cristã por extensão - é uma commodity como qualquer outra no mundo das religiões. Não há qualquer razão para alguém ser cristão, a não ser históricas e culturais. Todas as religiões ao fim e ao cabo tem o mesmo "fim". O beijo de João Paulo II ao Corão pode ser atribuído diretamente a este motivo.
Jihadismo: Concomitante às forças que levaram ao Concílio II, no mundo muçulmano desenvolveu-se uma corrente ultra radical que pregava a leitura do Corão em termos absolutos (ou reais - não sei em que extensão o Al-Corão é baseado na matança para estabelecer a "verdade" ou se isso é uma explicação não verdadeira).
O uso dos elementos anteriores pelos ex-comunistas: Aqui está o acendimento do rastilho de pólvora. Historicamente o ano de 1979 poderia ser definido como o ano da inauguração do uso dos regimes islâmicos radicais pelos soviéticos. Havia é claro a OLP. A OLP foi criada pela KGB. Um falso movimento, com um falso líder (Lula é outro criado da mesma forma, assim como Obama), mas a OLP não tinha o poder que os Ayatolás tinham, que unia o poder secular recém conquistado com a liderança religiosa inconteste. Pois bem, o ano de 1979 foi o ano que a KGB roubou o movimento islâmico dos muçulmanos. Isso quer dizer que, neste ano, os "estudantes iranianos" -- afogados em propaganda marxista soviética, como descrito em detalhes no "KGB and the Soviet Disinformation" Ladislav Bittman -- resolveram começar a sua "ação direta", invadindo a embaixada americana en Teerã. O Khomeini foi arrastado a ser líder de uma "revolução" a qual não era a que ele primeiramente se propunha.. A partir daí é história.
A conclusão é que os comunistas estão usando agora os muçulmanos para acabar com a sociedade ocidental e com ela o seu pior inimigo: a Igreja Católica.
Para a destruição completa, não basta destruí-la por dentro, até por que, estes movimentos como ecumenismo, Concílio II e tudo mais seriam contra-atacados dentro da Igreja, como estão sendo neste momento. O objetivo é enfraquecer a Igreja por dentro, mas não destruí-la.
Querem uma Igreja amigável, ou pelo menos "inimiga" do seu maior inimigo: O capitalismo, os Estados Unidos e seus aliados..
Estão conseguindo...