quinta-feira, dezembro 13, 2012

Capitalismo e Cristianismo - Olavo de Carvalho

Olavo explica a contradição fatal da Igreja Católica em condenar o capitalismo.

Capitalismo e Cristianismo: "Uma das causas que produziram o trágico erro católico na avaliação do capitalismo do século XIX foi o trauma da Revolução Francesa, que, roubando e vendendo a preço vil os bens da Igreja, enriqueceu do dia para a noite milhares de arrivistas infames e vorazes, que instauraram o império da amoralidade cínica, o capitalismo selvagem tão bem descrito na obra de Honoré de Balzac. Que isso tenha se passado logo na França, "filha dileta da Igreja", marcou profundamente a visão católica do capitalismo moderno como sinônimo de egoísmo anticristão. Mas seria o saque revolucionário o procedimento capitalista por excelência? Se o fosse, a França teria evoluído para o liberal-capitalismo e não para o regime de intervencionismo estatal paralisante que a deixou para sempre atrás da Inglaterra e dos Estados Unidos na corrida para a modernidade.."

(...)
"Arrancar da nossa alma essa sugestão hipnótica, restaurar a consciência de que o capitalismo, com todos os seus inconvenientes e fora de toda intervenção estatal pretensamente corretiva, é em si e por essência mais cristão que o mais lindinho dos socialismos, eis o dever número um dos intelectuais liberais que não queiram colaborar com o farsesco monopólio esquerdista da moralidade, trocando sua alma pelo prato de lentilhas da eficiência amoral."

A influência da Igreja Católica no pensamento conservador norte-americano

É inegável o contributo da Igreja Católica  na construção (ou reconstrução) das bases do que chamamos conservadorismo norte-americano do pós-guerra. Isto se deveu à sua recuperação do libertarianismo (liberalismo) clássico - e sua visão anti-estatal -  e o tradicionalismo cultural, cuja fonte inexorável é a  ICAR.

Eastern Right | The American Conservative: Since the Second World War, Roman Catholicism has had enormous influence on American intellectual conservatism. The postwar rebirth of conservatism had two sources: libertarianism—a reassertion of classical liberalism against statism—and cultural traditionalism. For Russell Kirk and other leading traditionalists of the era, the Roman Catholic church, with its soaring intellectual edifice and unitary vision of faith and reason, matter and spirit, was the natural conservator of Western civilization and the sure source of its renewal after the catastrophes of the 20th century.