quinta-feira, abril 29, 2010

O Atentado ao Papa em Fátima (1982)

Eu, definitivamente, não lembrava que o Papa João Paulo II sofreu outro atentado em Fátima, um ano após o primeiro, no Vaticano.
O jornal português expresso tem um testemunho factual do episódio, que reproduzo.
Abaixo, também o texto da reportagem. Reparem as últimas frases do criminoso "Fim ao comunismo" e "Abaixo o Papa e o Vaticano II"...
Abaixo, clique na foto para ouvir o áudio.

12 de Maio de 1982 O atentado de Fátima
Rui Ochôa
9:00 Domingo, 10 de Maio de 2009

O Papa João Paulo II tinha chegado a Portugal na véspera, dia 11. Vinha agradecer a Nossa Senhora de Fátima a protecção concedida no atentado falhado na Praça de São Pedro, um ano antes, a 13 de Maio. João Paulo II esteve às portas da morte e só "o milagre de Fátima" - como afirmou - o salvou.

Era a sua primeira visita a Portugal, e, em quatro dias, o Papa percorreu o País, de Braga a Coimbra, de Lisboa a Vila Viçosa. A viagem, rodeada, como se percebe, de uma grande emoção, arrastou multidões como nunca se havia visto - só em Lisboa, na cerimónia no Parque Eduardo VII, compareceram quase meio milhão de jovens.

Mas o que marcaria a passagem por Portugal estava ainda por acontecer, na noite da procissão das velas, em Fátima. E só não foi trágico porque a acção da Polícia portuguesa se revelou extremamente eficaz, evitando que os acontecimentos de 13 de Maio do ano anterior se repetissem.

O padre integrista espanhol, Juan Fernandez Maria Khron, de 32 anos, vindo de Paris, tinha o objectivo claro de matar João Paulo II. Com trajes de sacerdote, Khron rondou a comitiva papal empunhado uma baioneta com mais de 30 centímetros. Antes de ser detido, proferiu algumas palavras tais como "Fim ao comunismo" e "Abaixo o Papa e o Vaticano II".





Reblog this post [with Zemanta]

terça-feira, abril 27, 2010

"Dilma" Mentira à Outra

http://www.estadao.com.br/fotos/dilma292%282%29.jpg

Em 2002 os brasileiros foram apresentados a uma farsa chamada "Carta ao Povo Brasileiro" produzida para vender a idéia de que o PT mudou. A carta deu início a fase "Lulinha paz e amor" que acabou por fazê-lo ganhar as eleições para presidente naquele ano. A farsa iniciou-se pela suposta autoria de Lula da Silva: depois de oito anos, fica claro que Lula não tinha, como não tem, capacidade para produzir qualquer coisa parecida com aquele documento, que entre outras coisas proclamava:
a população está esperançosa, acredita nas possibilidades do país, mostra-se disposta a apoiar e a sustentar um projeto nacional alternativo, que faça o Brasil voltar a crescer, a gerar empregos, a reduzir a criminalidade, a resgatar nossa presença soberana e respeitada no mundo.
Lula e o PT mentiram clamorosamente pois, em todo o seu governo, a única função exercida por Lula foi a de presidente do Foro de São Paulo.

Oito anos depois chegamos a mais uma sessão teatral, agora com requintes hollywoodianos: Dilma Rousseff, a candidata do PT, apresenta-se como a continuação do governo Lula. E que continuação! Pelo trailer, podemos imaginar um governo i-n-e-s-q-u-e-c-í-v-e-l.

O primeiro grande esforço do marketing da campanha foi o de vender Dilma como uma "lutadora" pela democracia, perseguida injustamente pela ditadura, mas distante das armas. Mudou a postura. Antes de ser candidata, gaba-se de sua truculência militante ("Só pra saber que nunca fui uma menina cândida: eu sei montar e desmontar, de olhos fechados um fuzil automático leve. Tinha que ser rápido, muito rápido. E, se você quer saber, eu sei atirar"); Agora, fala que nunca participou de ações armadas e que não passava de subalterna no movimento. Novamente, aí temos problemas pois sua atuação já foi comprovada por outros testemunhos ("A Dilma era tão importante que não podia ir para a linha de frente. Ela tinha tanta informação que sua prisão colocaria em risco toda a organização. Era o cérebro da ação", diz o ex-sargento e ex-guerrilheiro Darcy Rodrigues).

Para ilustrar esta disparidade podemos comparar o currículo chapa branca dela na Wikipedia e a sua "pequena biografia" (não autorizada, que circula pela internet). Vejam por si mesmo as diferenças entre o que é vendido e o que é realidade.

Neste fim de semana, mais uma superprodução: Dilma lançou seu site (www.dilmanawerb.com.br) com uma home page que apresenta algumas fotos de sua trajetória pessoal. Só que é mostrada uma foto da atriz Norma Bengell - numa passeata de artistas contra a censura nos anos 60 - como sendo dela, Dilma Rousseff. Veja aqui a foto do site de Dilma e aqui, a foto de Norma Benguell em passeata contra censura.

Este episódio lembrou-de duas coisas: As montagens vistas em Forest Gump, onde Hanks "contracenou" com personalidades há muito falecidas (como Kennedy) e as fotos da Rússia revolucionária, onde - após ter caído em desgraça junto ao regime de Stálin - Trotsky foi "eliminado" de todas onde aparecia com Lênin.

No caso de Dilma, a tentativa foi "criar" uma nova identidade para ela nos anos sessenta de modo que, ao invés mostrá-la como uma ativa líder guerrilheira , mostra-a como uma personagem ativa e reconhecida pelo combate à ditadura pelos meios pacíficos e não violentos.

Mais uma farsa. Em 2010, podemos dizer que o PT tem passado "Dilma" mentira à outra. Espero que os eleitores também percebam.


Note :Este artigo foi publicado no Mídia Sem Máscara, em 27-04-2010.


Reblog this post [with Zemanta]