quinta-feira, abril 06, 2006

O Vaticano, a Guerra Fria e o 'Papa Secreto'

Não sou católico e me considero um crítico severo de muitos dos dogmas da religião católica.
Apesar disso considero que todas as religiões cristãs e judaicas estão em grande perigo no mundo de hoje.

Um dos perigos reais é o materialismo ateu, criado pela visão marxista do mundo e impulsionado pela própria dinâmica desespiritualizante da sociedade de consumo capitalista. Neste ambiente em que o acesso aos bens materiais é facilitado, os homens tendem a esquecer de Deus para brincar com seus novos 'gadgets' tecnológicos.

Isto seria um novo round do desafio de Satanás a Deus, ou seja, uma nova tentativa de provar que os homens são seres egoístas por natureza, que só pensam em Deus em momentos de necessidade material. Apesar de ter perdido vários rounds anteriores (O livro de Jó é a prova de uma de suas derrotas mais flagrantes), Satanás continua tentando...

O outro perigo provêm de uma improvável aliança - 'não-sagrada' ou uma "Unholy Alliance" conforme o livro de Horowitz - que une grupos muçulmanos radicais anti-capitalistas, anti-cristãos e anti-judeus com os eternos inimigos da religião ocidental - os comunistas.

Com todos estes perigos rondando não há dúvidas de que todos os que acreditam em Deus, Jesus Cristo, Espírito Santo ou Javeh (juntos ou separados) devem unir forças.

Mas mesmo esta intenção sincera às vezes é surpreendida com revelações de que os ataques "de dentro" podem ser muito mais danosos.

Um destes casos é a questão das reformas ou modernização da Igreja Católica.

Encontro dentre os católicos muitos críticos severos destas tendências modernizantes. O maior símbolo delas é o conjunto de medidas implementado pelo "Concílio do Vaticano II", que - segundo a wikipédia - "revolucionou a igreja, mudando seus dogmas e buscando levá-la ao encontro com o mundo moderno." O papa que implementou tais mudanças foi João XXIII (Angelo Giuseppe Roncalli).

João XXIII se tornou papa em 1958 em um - até agora para mim desconhecido - tumultuado processo de votação.

Encontrei um relato surpreendente, baseado num livro de um antigo consultor do FBI, Paul L. Williams, que cita documentos da inteligência dos E.U.A provando que na verdade um outro Cardeal, Giuseppe Siri, foi eleito Papa (seria o Papa Gregório XVII) no conclave que elegeu João XXIII.

A revelação está contida no livro de Williams lançado em 2003, chamado The Vatican Exposed: Money, Murder and the Mafia, que cito a seguir:


Em 1954 o Conde Della Torre, editor do jornal do Vaticano L'Osservatore Romano, avisou ao Papa Pio XII das simpatias do Cardeal Angelo Roncalli pelo comunismo. Outros membros da “Nobreza Negra” também expressaram preocupações similares.[1]

Mas Roncalli [depois conhecido como 'Papa João XXIII'] não escapou das atenções do FBI e da CIA. As duas agências começaram então a acumular vasto material sobre ele e as duvidosas atividades de outros 'progressivos' dentro do Vaticano, incluindo o Monsenhor Giovanni Battista Montini (o futuro Paulo VI).

[...]

Pio XIII havia apontado o Cardeal Giuseppe Siri como seu sucessor.[2] Siri era um raivoso anti-comunista, um tradicionalista intransigente nas questões doutrinárias da Igreja e habilidoso nas questões burocráticas...

Em 1958 [26 de outubro], enquanto os cardeais estavam trancados na Capela Sistina para eleger o novo papa, misteriosos eventos começaram a acontecer. No terceira votação, Siri, de acordo com fontes do FBI, obteve os votos necessários e foi eleito, como o Papa Gregório XVII.[3] Uma fumaça branca surgiu da chaminé da capela para informar aos fiéis que um novo papa havia sido escolhido. As boas novas foram anunciadas às 18:00h na rádio do Vaticano. O locutor afirmou, '' fumaça é branca...Não há absolutamente nenhuma dúvida. Um novo papa foi eleito.''[4]...


Mas o novo papa falhou em aparecer. Dúvidas começaram a surgir se a fumaça era realmente branca ou cinzenta. Para dirimir tais dúvidas, o Monsenhor Santaro, secretário do Conclave dos Cardeais, informou à imprensa que a fumaça era, realmente, branca e que um novo papa havia sido eleito. A espera continuou. À noite a rádio Vaticano anunciou que o resultado continuava incerto. No dia 27 de outubro, o jornal 'The Houston Post' informava em manchete de capa: 'Cardeais fracassam em eleger o papa em quatro votações: Sinais confusos de fumaça causam falsos comunicados.'[5]


Mas os comunicados estavam corretos. Na quarta votação, de acordo com a fonte do FBI, Siri novamente obteve os votos necessários e tinha sido eleito o Supremo Pontífice. Mas cardeais franceses anularam a votação, alegando que o resultado iria causar revoltas generalizadas e o assassinato de muitos proeminentes bispos nos países da Cortina de Ferro.[6]

Os cardeais optaram então eleger o Cardeal Frederico Tedischini como um 'papa de transição', mas Tedischini estava muito idoso para aceitar o cargo.

Finalmente, no terceiro dia de votação, Roncalli obteve o apoio necessário para se tornar o Papa João XXIII.”

--Paul L. Williams, The Vatican Exposed (Amherst, NY: Prometheus Books, 2003), pp. 90-92

Conclusão: Se esta história é verdadeira prova como uma política de "apaziguamento" contra quem quer em última análise te destruir pode ser mais mortal que o próprio enfrentamento. A "baixa da guarda" do Vaticano em favor dos "progressistas" levou a um período de dúvidas e ceticismo dentre seus próprios fiéis. Enfim, uma política suicida a médio prazo e que somente nos últimos tempos - aparentemente - parece haver disposição para recuperar. Espero que Ratzinger possa cumprir esta missão, de reunir o 'rebanho' novamente.


Outra questão a saber é como seria um suposto papado de Gregório XVII, conhecido como o "Papa Secreto".

Mas de qualquer forma é assustador saber o grau de influência da ideologia comunista - abertamente anti-religiosa - dentro de uma organização como a Igreja Católica. Isto só quer dizer que as ameaças ao mundo cristão podem ser infinitamente maiores do que se supunha.
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[1] Biografia Confidencial, “John XXIII”, do Departamento de Estado Americano, data circulação: sem data, data de liberação pública: 15/02/1974; veja também Avro Manhattan, Murder in the Vatican, p. 31.

[2] John Cooney, The American Pope, p. 259.

[3] Despacho do Departamento de Estado Americano, "John XXIII," data circulação: 20/11/1958, data liberação pública: 11/11/1974.

[4] Palavras do locutor foram publicadas no London Tablet, 01/11/1958, p. 387.

[5] Houston Post, 21/11/1958, pp. 1 and 7.

[6] Arquivo secreto do Departamento de Estado Americano, "Cardinal Siri," data circulação: 10/04/1961, data liberação pública: 28/02/1994.

Fonte: http://www.novusordowatch.org

segunda-feira, abril 03, 2006

Homenagem ao movimento de 31/03/64

Eu sou um dos "filhos da revolução" - como falava a letra da música do Legião Urbana "Geração Coca-Cola". Afinal eu nasci depois de 31/03 naquele ano de 1964. Mas ao contrário da letra que prossegue dizendo que os tais 'filhos' daquela revolução eram "burgueses e sem religião", cresci acreditando exatamente o contrário.

Minha homenagem à revolução de 1964 - que ao meu ver teve os seus ideais derrotados "por dentro", isto quer dizer, os mesmos militares que tiraram o país da beira do abismo totalitário nos anos sessenta, contribuíram para sua derrocada moral e econômica nos anos posteriores em função de governos estatizantes e anti-americanos (Geisel em diante) e a completa ausência de contraponto à guerra cultural nas universidades e centros formadores de opinião. Neste ponto a versão acabou vencendo a verdade.
O texto a seguir é uma tentativa de restabelecer aquela verdade, já meio apagada dos corações e mentes de um Brasil "burguês e sem religião" do século 21.

"A Nação que Salvou a si Mesma - A história secreta da legítima revolução do povo brasileiro


A história inspiradora de como um povo se rebelou e impediu os comunistas de tomarem conta de seu país. Raramente uma grande nação esteve mais perto do desastre e se recuperou do que o Brasil em seu triunfo sobre a subversão vermelha. Os elementos da campanha comunista para a dominação – propaganda, infiltração, terror – estavam em plena ação.
A rendição total parecia iminente.... e então o povo disse: NÃO"