quarta-feira, maio 17, 2006

América Latina é o "Left Cemetery" do Universo!!

A América Latina é realmente o "Left Cemetery" (quem lembra do filme "Pet Sematary" no qual animais domésticos mortos voltavam à vida quando ali enterrados?)do Universo!! É isso: As teorias de esquerda mais reacionárias, radicais e populistas, que já foram para a cova há muito em outros lugares, por aqui ressuscitam!!!



Leiam um exemplo acabado disto na aloprada declaração do Frei (?) Betto sobre a as origens do terror do PCC em São Paulo:


"A causa maior da criminalidade é a desigualdade social, que vem sendo reduzida no Brasil desde 2001".


Comentário final:

"I don't want to be buried in this left cemetary.. Don't want to wear a Guevara shirt again... Oh. NO!"

segunda-feira, maio 15, 2006

O Brasil Acabou! “Rumual Ékissa!”

O artigo da Lya Luft "A República dos Alucinados" - mostra com que perplexidade o olhar privilegiado da autora vê a total dissociação entres os belos ideais – que levaram o grupo que bravamente defendia a "ética na política" e a "justiça social" entre outros, ao poder no país – e a dura realidade do Brasil. E nota como os primeiros confrontados com esta continuam a negá-la.


Agora, com a onda dos atos de terror patrocinados por organizações criminosas como o PCC (Primeiro Comando da Capital) – com um saldo de (até agora) 55 mortos – fica claro uma coisa: O Brasil acabou!!


Aquela idéia de país simpático, ordeiro, cheio de "jogo de cintura", "país do futuro" – que não tinha nada a ver com a realidade da violência, da queda dos valores morais e de uma longa lista de etc. - acabou. Mas ninguém consegue saber o por quê. Por este motivo vai , muito provavelmente, pedir ajuda aos mesmos autores intelectuais (em alguns casos nem tão intelectuais assim) dos crimes de hoje.


As raízes são longas e se perdem no tempo. É claro que quarenta anos não são nada em tempos históricos, mas o Brasil conseguiu um feito inimaginável: eliminar cirurgicamente todos os indícios históricos que ligavam os autores aos seus crimes – os revolucionários e terroristas que atuaram nas décadas de 60 e 70 – em tempos de total democracia e liberdade de expressão no país. Ou seja, conseguiram em plena democracia implantar versões sobre a história do país que deixariam Lenin e Stalin orgulhosos.


Todos falam indignados sobre a onda de corrupção que feriu (de morte?) o partido tido como o partido "da ética" e da "justiça social". Mas a mentira não começou na campanha da "ética na política" detonada pelo PT e seus aliados (virtualmente toda a esquerda, menos a esquerda mais à esquerda que ficou de fora para se manter como uma alternativa possível se a anterior não vingar) nos anos 90. Nem tampouco foi o advento do "Foro de São Paulo" em 1990 seu iniciador. Nada disso.


As mentiras começaram muito antes, ainda na década de sessenta, após a contra-revolução de 1964, quando começaram a circular a versão de que a esquerda participou de um movimento de "resistência democrática". O que eles queriam era na verdade a implantação de um regime totalitário como o cubano ou chinês. Mas criaram a fantasia de que eram "democratas". De mentira em mentira, acharam que poderiam tentar algo maior.

Aí está o germe do "Foro de São Paulo": criar uma organização unindo partidos de esquerda e organizações terroristas do continente latino-americano, sob a liderança de Cuba, para implantar o comunismo de forma organizada e coesa por todo continente, SEM que a opinião pública nacional se desse conta disso.

Contavam com o manto protetor das mentiras inventadas anteriormente e os ideais em favor da igualdade e justiça sociais. E é claro com o fato de que as redações, televisão e a nata da intelectualidade já estarem abarrotadas de companheiros a lhe apagar as pistas.


Mas tudo isso já foi amplamente exposto por Olavo de Carvalho - o único de nossos intelectuais que conseguiu entender exatamente o que estava acontecendo ao país, e assim prever o que poderia acontecer com uma antecedência de vários anos.


O que gostaria de salientar é um dos aspectos da luta armada dos anos sessenta que tem muitíssimo a ver com a onda de terrorismo criminoso das últimas horas no país: o relacionamento entre os presos políticos e os criminosos comuns nas décadas de 60 e 70 foram os germes da criação de organizações criminosas organizadas como guerrilha urbana.


Provavelmente os criminosos do PCC devem ter tido contato com documentos como o famoso "Mini manual do Guerrilheiro Urbano" do terrorista Carlos Marighella , pois a convergência de objetivos sempre foi impressionante.

Qual o objetivo de um Guerrilheiro Urbano? Segundo Marighella:


a. "A exterminação física dos chefes e assistentes das forças armadas e da polícia".

b. "A expropriação dos recursos do governo e daqueles que pertencem aos grandes capitalistas, latifundiários, e imperialistas, com pequenas expropriações usadas para o mantimento do guerrilheiro urbano individual e grandes expropriações para o sustento da mesma revolução".



O ponto A é explicação ideológica por trás da onda de assassinatos de policiais nas últimas horas. Até um posto de bombeiros foi atacado. Este crime cai exatamente na categoria "assistentes das forças armadas".

O ítem B é o que os bandidos vêm fazendo há décadas.

Como se vê o manual se aplica quase que exatamente à organizações como o PCC.


Quem quiser conhecer a história de como a esquerda na prisão ensinou seus colegas criminosos comuns as técnicas terroristas-revolucionárias obtidas nos campos de treinamento em Cuba ou na China, busque na internet ou em livros (tal como o recém-lançado "A Verdade Sufocada" do Coronel Brilhante Ustra).


Um dos capítulos do livro, chamado "O Movimento Armado Revolucionário – MAR e os 'meninos de Flavio Tavares'", mostra em detalhes um destes episódios. Neste caso mostra como a penitenciária Lemos de Britto no Rio de Janeiro foi tomada por uma organização criminosa dirigida pelos detentos políticos. Os criminosos comuns foram conduzidos pelos primeiros. Havia militantes em liberdade que atuavam como pombo-correio com a organização maior. Um deles era o (agora famoso) jornalista Flávio Tavares.


Em 26 de maio de 1969 o grupo executou o seu plano de fuga: um guarda foi morto e vários outros feridos. Mais tarde a maior parte do grupo foi preso.


Flávio Tavares, em seu livro "Memórias do Esquecimento", trata de toda a sua feroz militância na esquerda mais radical como uma "história de emoção e lirismo", como se tratasse de um livro de poesias. Vai mais longe: Tratava os criminosos aliciados para o plano como "seus meninos". Pois seus "meninos" mataram um policial, feriram outros dois e deixaram um quarto paraplégico.


Eis um exemplo, um microcosmo, da gênese de organizações como o "Comando Vermelho" e o "PCC".


O mais irônico é que a televisão , na hora de obter respostas de nossos parlamentares, somente entrevistou os mesmos que propiciaram tal estado terminal do país, tais como Cristóvão Buarque (ex-PT), Roberto Freire (PCB) e a indefectível amiga de terrorista, Heloísa Helena (P-Sol).


Os revolucionários daquela geração de 1964 e seus novos aliados se podem dar por satisfeitos. As sementes plantadas durante os últimos 40 anos estão dando seus frutos. Além desta vitória, outra ficou evidente: O Brasil passou o Iraque em número de vítimas do fim de semana. Brasil 55 X Iraque 30.

E agora sabemos que já estamos numa Guerra Civil...

Enquanto isso: "Rumual Ékissa"!!



Publicado em Vote Brasil

A República dos Alucinados

Este artigo de Lya Luft acerta na mosca.

Realmente somos um país onde alucinados tomaram o poder e já quase venceram em sua tarefa de alucinar, alienar o país todo. À vezes, algumas pessoas conseguem intuir este processo - sem saber de onde veio. O artigo de Lya é um destes casos.

Leiam

----------------------------------------------------------

A República dos Alucinados

Por Lya Luft - Revista Veja Maio/2006

"Nossa derrocada será inimaginável, se não abrirmos urgentemente os olhos para ver, os ouvidos para escutar e as mãos para trabalhar em nosso favor"

Quando esta coluna sair, estarei ainda por alguns dias na Itália, de onde a escrevo, ligada a meu país pela internet e pelos telefonemas de amigos e filhos. De outra maneira eu de nada saberia, pois a Europa nos desconhece quase totalmente. Aceitei o chamado de minha editora italiana, a Bompiani, para falar no lançamento de meu livro Perdas & Ganhos na Feira de Turim. Minha colaboração mínima para que se tenha aos poucos uma visão mais real do Brasil, não apenas os simpáticos Carnaval, violão, caipirinha e futebol.

Cansei de estar no exterior e me indagarem se realmente há editoras no Brasil, e universidades, e o resto. Há coisas das quais não falo porque me angustiam e envergonham, entre tantas que me orgulham. Para mim meu país é como filho: nele só quero que vejam qualidades.

Não quero ter de dizer, por exemplo, que viramos uma terra de alucinados, porque nos dizem algumas autoridades que tudo é mania de perseguição, é coisa inventada.

Assim, enquanto a saúde pública apodrece e pessoas ainda morrem nas filas do INSS ou em corredores de hospitais cujo corpo de médicos e enfermeiras está esgotado de trabalhar, alguém com autoridade vem nos dizer que estamos chegando quase à perfeição em matéria de saúde pública. Diante disso, só posso crer que sofremos das faculdades mentais, nós que vemos e vivemos o contrário.

Alguém disse também, no mesmo terreno, que o problema são os velhinhos, os aposentados, que pegaram a péssima mania de correr para as filas de madrugada. Se chegassem em horário normal e mais saudável, 7 ou 8 horas, teriam pronto atendimento. Mais um atestado de que nós, os comuns brasileiros, andamos nos alucinando. Na nossa doença mental inventamos também que as escolas estão em condições péssimas, o ensino elementar caindo pelas tabelas, o médio nem se fala, e a universidade desmoronando.

Nem comento mais o supérfluo papel higiênico nos banheiros de professores (de alunos, nem falar), mas penso nas bibliotecas precárias, nos laboratórios antiquados, quando não destruídos por fanáticos amantes do atraso e da devastação. Professores pouco estimulados e pessimamente pagos, currículos absurdos, prédios em condições físicas inaceitáveis... e, de modo geral, a queda do nível de ensino.

Alucinou-se minha amiga há duas semanas, quando, levando uma criança pela mão, foi abordada por um jovem drogado que a ameaçou e lhe arranhou a cara em plena manhã de movimento. Teve sorte minha amiga: não foi esfaqueada nem estuprada. Voltou para casa, pensando em como explicar tudo a uma criança pequena.

E comentamos juntas que estímulo, que modelo teria aquele jovem entre nossos homens públicos – nem todos, os dignos eu respeito cada dia mais – diante dos fatos que vêm acontecendo conosco. Para que ser saudável e honesto, trabalhar, sustentar-se, quem sabe ajudar a família? Os bilhões roubados e desaparecidos nas homéricas falcatruas que tentam esconder ainda poderiam ter salvo da desgraça muitos milhares de jovens como aquele. Poderiam ter fundado e melhorado centenas de escolas, bibliotecas, hospitais, creches.

Agora, para culminar, um país vizinho abocanha um pedaço da Petrobras, que é nossa, é de seus acionistas, é do povo brasileiro, que certamente vai arcar com esse prejuízo material. Quem vai pagar pela honra do Brasil, tão abertamente atacada? Estamos alucinando, nos dirão as autoridades, alucinamos ser espoliados e roubados, já não pelo MST, cujo bonezinho tem sido usado por governantes nossos, mas pela Bolívia, que roubou, literalmente, algo nosso. Houve reação além de um protesto pífio ou da afirmação de nosso governante principal de que a Bolívia tinha direito de fazer o que fez e que não teríamos maior prejuízo? Primeiro, aliás, a Bolívia fez um pequeno treino, roubando uma siderúrgica. Como não houve grande reação, partiu para algo maior. De novo, ninguém nos defendeu, ninguém reagiu com firmeza, ninguém nos protege – é a sensação geral. Estamos perdendo, além de bens materiais, avanços possíveis e progresso, a nossa honra como país.

Mas quem sabe é tudo fantasia nossa? Somos distraídos demais, alegremente ignoramos as graves estripulias que ocorrem no Brasil ou contra o Brasil: somos, afinal, habitantes da República dos Alucinados, em que tudo se perderá e a derrocada será inimaginável, se não abrirmos urgentemente os olhos para ver, os ouvidos para escutar e as mãos para trabalhar em nosso favor!