terça-feira, setembro 06, 2011

"A dúvida de Descartes"

Descartes é o precursor do mundo contemporâneo. Pelo menos a ideia de mundo contemporâneo que durou até as revelações da Física Quântica, quando se pensava que tudo poderia ser matematicamente determinado.

O suporte central deste novo mundo lógico-racional foi a dedução ("Cogito ergo sum") de Descartes, a partir de seu exercício de dúvida metódica. Apresento o texto abaixo, retirado da coleção "Grandes Pensadores" sobre o tema, onde o autor faz algumas análises pertinentes sobre o tal processo da dúvida metódica.

A dúvida de Descartes (luisafonso): "Antes de mais , é evidente que o processo de dúvida metódica evolui sob a supervisão da faculdade racional. Contudo, Descartes afirma que “rejeita” como falsos todos os raciocínios que antes tinha tomado por demonstrações.

Ora, não parece lógico limitar a rejeição unicamente aos próprios raciocínios. Os raciocínios não aparecem sozinhos e são, pelo contrário, o produto da razão humana. E, se os raciocínios foram erróneos, isso é por que o seu emissor, a razão, não pode ser considerada como uma instância absolutamente fiável. Mas, nesse caso, como poderemos confiar nela para o resto do processo?"

2 comentários:

Anônimo disse...

A Razão é fiável, mas não necessariamente aquilo que podemos considerar "A Razão".

A Razão é independente das nossas definições acerca dela, e existe por si própria, assim como os valores existem por si próprios --- por exemplo, o valor da justiça existe por si mesmo.

Podemos ter razão e estar correctos acerca da realidade sem o saber exactamente, e mesmo estando sujeitos a ser apodados de "irracionais" --- e o contrário também pode ser verdade.

Blog Almas Castelos disse...

Bom dia. Seu blog é muito bom. Estou lhe indicando para ser divulgado na Irmandade dos Blogs Católicos.
Parabéns.