Se você está indeciso sobre quem votar nas eleições para prefeito e vereador 2004, permita-me auxiliá-lo em sua nobre tarefa, caro eleitor.
Não, não vou aqui falar sobre eventuais sugestões de candidatos a prefeito de minha preferência, nem de candidatos a vereador da minha rua ou que prometeram alguma coisa em troca de votos.
Não, nada disso.
Acredito, que antes de escolher o “melhor” candidato, temos que estabelecer alguns juízos de valor, uma escala de atributos a partir de algumas regras que podem ser aplicadas aos partidos e a partir daí aos candidatos. Notem que eu falo de uma escala partindo do partido para então chegar ao candidato. Isto é completamente diferente da maneira do brasileiro votar.
Aqui se considera os atributos de um candidato não pelas qualidades exigidas pelo cargo, mas pelas regras de convivência social. É, o cargo é para prefeito mas o eleitor brasileiro acha que vai votar em quem será seu vizinho de prédio, colega de escritório ou um um novo membro da família. Alguns, muitos a meu ver, acham que a votação se dará no Vaticano, e que o escolhido será canonizado logo em seguida pelo Papa.
Boa parte ainda vota ideologicamente, isto é, considerando a reciprocidade das crenças do candidato com suas próprias. Um exemplo é a expressiva votação dos candidatos “capitalistas” no País. Ao menor sinal de “capitalismo” do candidato - como distribuir cestas básicas, refeições, sapatos ou até mesmo capital - hordas de eleitores correm em seu apoio. Este é o tipo “capitalismo” mais apreciado aqui no Brasil. É uma espécie de capitalismo de auto-ajuda... Para o candidato.
Mas, não, este comentário não irá dizer qual partido ou candidato seria o mais adequado votar. Minha pregação é mais simples. Dado o cipoal de siglas, partidos, propostas e slogans no ambiente político brasileiro, chego a conclusão que para qualquer eleitor poder escolher com um mínimo de consistência terá primeiro de estabelecer em quem NÃO IRÁ VOTAR.
É isso que proponho neste comentário: procurar auxiliar os eleitores indecisos - até mesmo os decididos – sobre que partidos ou organizações não votar. Depois disto o eleitor que faça a sua escolha.
Como saber isso? Simples. Vá no site do Mídia Sem Máscara. Http://midiasemmascara.org. Lá tem um link para a documentação completa do Foro de São Paulo. Um dos primeiros documentos mostrados é "Participantes del IX Encuentro" (2002). Para facilitar, aqui está o link (http://www.midiasemmascara.org/foro/3.htm). Guarde bem os nomes dos partidos brasileiros relacionados como “participantes”. É simples: Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido Popular Socialista (PPS) e Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).
Todos fazem parte de uma organização que pretende “ganhar na América Latina o que foi perdido no Leste Europeu”. Se achares que é “só um grupo de debates” leia a relação completa de participantes. Encontrarás organizações como ELN e Farc da Colômbia, o MIR chileno, FSLN da Nicarágua, FMLN da Guatemala, enfim, gente e companhia adequada para um inócuo “chá das cinco” sinistro. Mais alguma informação? Apresento um artigo do professor Olavo de Carvalho expondo em detalhes o assunto: http://www.olavodecarvalho.org/semana/10192002globo.htm
Então aqui vai meu resumo: se o partido fizer parte do Foro de São Paulo, não vote! Não interessa o candidato. Eles estão aí mesmo para confundir, criando falso oposicionismo ao PT por exemplo. A ação destes partidos é unificada. Não há oposição real entre estas siglas que não seja um personalismo infantil que logo será subjugado frente à estratégia de longo prazo.
Depois de excluir os participantes do Foro de São Paulo das escolhas possíveis, caro eleitor, podes escolher o candidato que mais lhe agradar. O atributo de desempate deixo a cargo de vocês. Pode ser que o escolhido não seja efetivamente o melhor candidato, mas lembre-se que este método não é para escolher o “melhor” mas, por uma regra de “masoquismo minimalista” eleitoral, em quem vai doer menos para o país.
Mas se ficar muito complicado, deixe em branco mesmo.
Este é a minha pequena e patriótica contribuição para o futuro do Brasil.
Luís Afonso Assumpção
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