H� quarenta anos, num movimento espont�neo e desarticulado, o Brasil se livrava da amea�a iminente de radicaliza��o. A implanta��o de um regime comunista no Brasil, com esfor�os iniciados ainda na d�cada anterior, tiveram no governo Jo�o Goulart o catalisador ideal. A ren�ncia de J�nio em 1961 foi a oportunidade para a instala��o de um processo an�rquico e claramente pr�-revolucion�rio no Brasil, uma vez que Jo�o Goulart era simp�tico � causa.
A sociedade brasileira vendo a cada dia o aprofundamento da baderna e do radicalismo n�o poderia ficar calada. E o fez. V�rias manifesta��es espont�neas ocorreram. A sociedade estava pedindo a interven��o das for�as armadas para que o pa�s pudesse retornar ao caminho da democracia e do crescimento pacificamente.
E foi o que nossas For�as Armadas fizeram.
Escrevo isso em resultado das leituras e fatos que chegaram ao meu conhecimento recentemente. Como n�o havia nascido ao tempo dos eventos, cresci � e toda a minha gera��o tamb�m partilha a mesma percep��o � achando a ditadura �sangrenta�, violenta, fruto da �maldade� de nossos militares.
Hoje posso dizer que o movimento de 1964 foi um ato de contra-revolu��o preventivo. Este coment�rio tem o objetivo de homenagear todos aqueles que patrioticamente se empenharam em pacificar este pa�s, muitos pagando o pre�o de suas pr�prias vidas para proteger as futuras gera��es � a minha � uma delas � de crescer num pa�s totalit�rio.
Devo tamb�m reconhecer que minha admira��o pelo movimento se concentra principalmente no seu in�cio e pelo governo Castelo Branco. Infelizmente os governos posteriores acabaram se rendendo a um terceiro-mundismo retr�grado, isolando a economia brasileira por d�cadas da sadia competi��o e das inova��es.
Tamb�m quero denunciar aqui n�o s� as mentiras hist�ricas da esquerda sobre o motivos dos movimentos guerrilheiros e terroristas � sempre vendidos como �pr�-democracia� quando na verdade eram liberticidas desde o seu in�cio � mas tamb�m de algumas opini�es atuais de alguns liberais.
Estes liberais n�o reconhecem o valor da interven��o preventiva de 1964. Segundo eles, isto s� retardou o movimento, que � ficando em estado let�rgico enquanto ganhava cora��es e mentes no meio universit�rio e intelectual � voltou mais forte agora do que nunca.
Mas a maior raz�o para o n�o reconhecimento se reside na opini�o de que o socialismo nunca poder� ser implantado sem um rotundo fracasso. Conjugado � incompet�ncia cl�ssica da esquerda nacional, esta aventura totalit�ria n�o duraria muito, caindo de podre. Com isto a �op��o� socialista teria o destino que merece � a lata de lixo � e nunca mais seria colocada como um alternativa poss�vel pelos nossos c�rculos intelectuais.
Dentro dessa vis�o , chega a ser conden�vel a contra-revolu��o militar de 64 pois deixou que os ideais nunca testados mantivessem a aura de verdades absolutas para toda uma gera��o.
Vejo dois problemas dessa vis�o:
1) Atribuir um prov�vel fracasso das tentativas de Cubaniza��o do Brasil � �incompet�ncia� da esquerda � temer�rio: voc� se candidataria a ser fuzilado por um cego simplesmente com a certeza que ele erraria o alvo ? Al�m do mais quanto tempo, recursos e at� vidas humanas seriam necess�rias para um regime deste tipo �cair de podre�? O regime Cubano � um rotundo fracasso, mas ele continua l�, imp�vido h� 45 anos... Algu�m se habilita?
2) O vi�s deste discurso mostra um �determinismo hist�rico� da vit�ria do capitalismo liberal. Vejo as origens disto em duas frentes. Uma � a apropria��o do termo determinista da esquerda, aceitando isso como um fato incontest�vel. Outro � o eco do bomb�stico �fim da hist�ria� de Fukuyama, lan�ado em 1990 que consegrava o regime capitalista liberal como a �nica sa�da poss�vel. Incr�vel algu�m acreditar nisso ainda. Depois deste artigo tivemos Kosovo, Torres G�meas, Terrorismo, Narco-terrorismo que colocaram este conceito de cabe�a para baixo. Minha �nica preocupa��o � que esta vis�o poder� estar correta, mas que quando se tornar claro isto, poderemos estar todos mortos....
A luta continua!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário