sexta-feira, agosto 18, 2006

Desafiando a Nomeklatura Imbecil, Coletiva e (cada vez menos) Científica

Não posso deixar de admirar o trabalho do professor Enézio E. de Almeida Filho.

Se Olavo de Carvalho é um crítico contumaz da tal "comunidade acadêmica" e por vezes da científica também (seu livro "O imbecil coletivo" foi dedicado aos seus desafetos dentro da comunidade), o professor Enézio faz o mesmo trabalho, que é o de desnudar a desonestidade intelectual e até mesmo as mentiras ditadas pela "nomenklatura científica", especialmente pelos cientistas "darwinistas".

Énézio se entitula "pós-darwinista" e
publica suas observações num blog chamado "Desafiando a Nomenkatura Científica"

Este artigo aqui é definitivo: Desmonta um a um os "dogmas" centrais do evolucionismo que reproduzo abaixo.

Divirtam-se!!

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O controle de danos da Nomenklatura científica alerta: o navio 'Darwinic' está afundando, mas tudo vai bem.
A proposição de a seleção natural não ser 'o mecanismo exclusivo ou mesmo o mais importante para a modificação evolutiva dos seres vivos', não é insistência minha, mas dos teóricos do paradigma neodarwinista.

Há mais de 450 'scholars' americanos e estrangeiros, inclusive biólogos de importantes Universidades como Yale, Princeton, MIT, Smithsonian Institution, e até das Academias de Ciências dos Estados Unidos e da Rússia, criticando a evolução darwinista e duvidando da capacidade da seleção natural e das mutações serem responsáveis pela imensa complexidade e diversidade da vida.Eles sugerem um exame criterioso da evidência a favor e contra a teoria darwinista deve ser encorajado. O articulista 'conhece' e troca e-mails com alguns desses especialistas.

Tem sido uma experiência mais do que gratificante. É nos 'ombros desses gigantes' que o presente artigo foi elaborado.
As críticas aqui neste blog são sobre o 'modus operandi' da Nomenklatura científica que distorce, falsifica e suprime as sólidas evidências contra os pilares fundamentais da teoria geral da evolução, mantendo-os nos livros-texto e no ensino da Biologia como 'fatos da evolução'.
Atitude obscurantista contrariando o espírito científico de corrigir e descartar teorias que não se sustentam pelas evidências. Alguns darwinistas honestos, parcialmente, reconhecem e deploram essa atitude.

A experiência de Miller-Urey tentou substanciar o cenário da origem e evolução química da vida proposto pela hipótese de Oparin-Haldane: a abiogênese [eufemismo para geração espontânea] teria acontecido apenas uma vez nos 4.5 bilhões de anos de história biológica.

Os seres vivos [e até uma 'simples' célula] são extrema e irredutivelmente complexos e a seleção natural pré-biológica [???] não poderia agir sobre os compostos químicos 'mais aptos que sobreviveram' da [inexistente] 'sopa protéica', porque compostos químicos, simplesmente, não deixam descendência.

A extrema dificuldade das teorias de origens é que elas não podem ser falsificadas - o evento original não pode ser repetido para podermos falsear ou não nossas teorias. Situação epistemológica Catch-22: as teorias das origens da vida são apenas plausíveis ou implausíveis.
Nestes últimos 50 anos, os pesquisadores da evolução pré-biológica têm encontrado 'em dezenas de laboratórios' [???] segundo Klaus Dose, apenas 'impasse e frustração'. Por quê?


1. A origem da vida foi rápida demais - há uns 3.86 bilhões de anos. MOJZSIS, Stephen J. et al. "Evidence for Life on Earth Before 3,800 Million Years Ago", Nature 384 (1996):55-59. Dados sugerem que a vida se originou não somente uma, mas várias vezes entre 3.86 e 3.5 bilhões de anos. Pelo menos uma delas ocorreu em 10 milhões de anos ou menos - tempo muito abreviado para o surgimento da vida por quaisquer modelos tipo Urey-Miller.

2. Nunca houve uma 'sopa prebiótica'. Em todas as formas de sedimentos carboníferos, de todas as eras geológicas, pesquisadores concluíram: nenhuma 'sopa' ou substrato existiu. LAZCANO, Antonio. "Chemical Evolution and the Prebiotic Soup: Did Oparin Get it Right?", Journal of Theoretical Biology 184 (1997):219-23.

3. O paradoxo oxigênio-raios ultravioletas. A presença de oxigênio molecular impede as reações químicas das quais os modelos Urey-Miller dependem. A ausência de oxigênio permitiria a penetração da radiação ultravioleta na atmosfera da Terra, frustrando novamente as reações químicas necessárias.

4. O sinergismo biomolecular. Sob condições naturais, as proteínas podem agrupar-se somente com a presença de moléculas de DNA e RNA. As moléculas de DNA, por sua vez, podem agrupar-se somente com a presença de moléculas de proteínas e de RNA.
Já as moléculas de RNA podem agrupar-se somente com a presença de moléculas de proteínas e de DNA. Como se não bastasse ser bastante complicada esta interdependência, as moléculas de RNA e muitas moléculas de proteínas e de DNA são estáveis somente se estiverem contidas numa membrana biológica. IRION, Robert. "Ocean Scientists Find Life, Warmth in the Seas", Science 279 (1998):1302-
3.

As membranas biológicas podem agrupar-se somente se as moléculas de DNA, RNA, de proteínas, e de complexos de proteínas de RNA estiverem presentes. WALTER, Peter et al. "SRP - Where the RNA and Membrane Worlds Meet", Science 287(2000):1212-13.; BATEY, R. T. et al. "Crystal Structure of the Ribonucleoprotein Core of the Signal Recognition Particle", Science 287 (2000) p.1232-39.5. A organização de biomoléculas. A função celular exige: a) os números e os tipos exatos de moléculas de proteínas, de RNA e de DNA; b) o posicionamento exato destas moléculas em locais específicos dentro da célula; e c) uma específica proporção de nucleotídeos funcionais e não-funcionais ou seqüências de aminoácidos nas moléculas da célula. BEATON, Margaret J. e CAVALIER-SMITH, T. "Eukaryotic Non-Coding DNA is Functional: Evidence from the Differential Scale of Cryptomonad Genomes", Proceedings of the Royal Society of London, Series B, 266(1999):2053-59; CAVALIER-SMITH, T. "Nuclear Volume Control by Nucleoskeletal DNA, Selection for Cell Volume and Cell Growth Rate, and the Solution of the DNA C-Value Paradox", Journal of Cell Science 34 (1978):247-78.

6. Minimização de erro seqüencial. O seqüenciamento de aminoácidos nas proteínas e nucleotídeos das moléculas de DNA e RNA está estrategicamente fixado para minimizar o dano causado pelas mutações [???].

Esta capacidade incorporada para a minimização de erros é igual ou ultrapassa os melhores esforços humanos em minimizar erros em coisas como programas de computador. FREELAND, Stephen J. e HURST, Lawrence D., "The Genetic Code is One in a Million", Journal of Molecular Evolution 47 (1998):238-48; LUDWIG, Mark A., "Computer Viruses, Artificial Life, and Evolution. Tucson, AZ: American Eagle Publication, 1993.

7. A complexidade da vida mais simples. Os geneticistas têm determinado que a forma de vida mais simples exige um mínimo de 1.400 genes para sobreviver em independência.

Mesmo sob condições químicas ideais, com todas as moléculas pré-bióticas necessárias e a ausência total de moléculas contaminadoras, esta forma 'mais simples' de vida não teria condições de se agrupar sozinha, nem mesmo dentro do tempo da existência do universo! PATTERSON, Collin. Evolution, 2a. ed., Ithaca, NY: Cornell University Press, 1999, p. 22-23.

Os darwinistas afirmam - 'a teoria da evolução por seleção natural não está completa em todos os detalhes, mas vai muito bem'. Contudo, sérias críticas científicas ao neodarwinismo tornaram-se mais evidentes a partir da década de 70, do século 20.

M. Earthy e D. Collingridge, historiadores da ciência, descrevem o neodarwinismo como um paradigma que perdeu a sua capacidade de resolver problemas científicos importantes ['Science Under Stress: Crisis in Neo-Darwinism', in History and Philosophy of the Life Sciences 12:3-26, 1990].

Mais recentemente, David L. Hull, professor de história e filosofia biológica [um 'evolucionista competente'] da Northwest University, diante destas e outras sérias dificuldades, declarou: 'Atualmente, quase todo o aspecto do paradigma neodarwinista está sendo questionado' [verbete Darwinism, in Cambridge Dictionary of Philosophy, Robert Audi, editor, Nova York: Cambridge University Press, 1995, p.179].

O desenho dos embriões de Haeckel permanece nos livros como sendo um 'fato da evolução' de ancestralidade comum, e não para provar sua lei biogenética. Se fraudar é 'o mais grave pecado que um cientista pode cometer', por que ainda aparece nos livros-texto de biologia?

A incompletude do registro fóssil, a 'explosão cambriana' e os antecessores do Homo sapiens são questões muito sérias e precisam também ser abordadas nos livros-texto de biologia como sérias dificuldades à teoria geral da evolução.

Há 530 milhões de anos atrás, numa janela de tempo menor do que 2-3 milhões de anos, mais de 70 filos apareceram 'subitamente' sem nenhuma história evolutiva [Dawkins]. Hoje, somente 30 filos permanecem, e todos estavam presentes no evento cambriano. 'Natura non facit saltum' [Huxley] ou faz? Se não faz, como explicamos este abrupto e perene surgimento de vida?

O melanismo nas mariposas Biston betularia, não é 'exemplo claro' da seleção natural em ação, e 'os fatos válidos' permanecem como hipótese.Jerry Coyne, ao saber da fraude de Kettlewell, disse: "De vez em quando os evolucionistas reexaminam um estudo clássico de experiência e descobrem, para o seu horror, que está defeituoso ou totalmente errado...o cavalo vencedor em nosso estábulo de exemplos [das evidências da evolução] está em más condições, e, embora não esteja pronto para ir para a fábrica de cola, precisa de séria atenção ["Not Black and White", uma resenha do livro "Melanism: evolution in Action", de Michael Majerus, Nature 396 (1998);35-36].

O problema da homologia não é somente questão de que a 'semelhança fenótipa não garante relação filogenética', nem tampouco em diferenciá-la da analogia.

Primeiro, os órgãos homólogos são definidos nos livros-texto de biologia como semelhança devido a um ancestral comum e são apresentados como evidência para descendência comum. Tautologia.

Em segundo lugar, os biólogos sabem que os órgãos homólogos não surgem devidos a genes semelhantes. O mecanismo que os produz permanece desconhecido.

Finalizando, a teoria da evolução das espécies por seleção natural, além de incompleta, não caminha muito bem. Se ainda não sabemos como ocorreu a origem e a evolução da vida aqui na Terra, colocar essa possibilidade fora da Biota da Terra [Marte ainda não foi descartado] é emitir uma nota promissória epistemológica que nunca poderá ser empiricamente resgatada...

O controle de danos da Nomenklatura científica alerta: o navio 'Darwinic' está afundando, mas tudo vai bem!


3 comentários:

$ disse...

Cuidado com o non-sequitur

As partes inexplicadas e lacunas na teoria de Darwin sempre foram foco de um frenesi por parte dos religionistas. A falsidade completa da Teoria da Evolução não seria evidência da Criação ou influência divina.

"A vida não evoluiu portanto foi criada" é uma falácia lógica. Se a vida não evoluiu, a única conclusão possível é que "ainda não se sabe como ela surgiu".

O mesmo erro epistemológico permeia as objeções citadas no artigo: "não sabemos como isso pode acontecer portanto a teoria está errada". A Teoria da Evolução é baseada em evidências que a corroboram - se existem coisas inexplicadas, elas são apenas isto: coisas inexplicadas.

A ausência de explicação não é evidência de nada. Uma ausência não pode provar nada.

Há duas maneiras de invalidar a teoria da evolução: demonstrar que a evidência que a suporta é falsa ou obter evidência positiva de que ela não pode ter acontecido. Ou seja: se a evolução aconteceu não pode existir X. Aqui está X.

Enquanto as "evidências" forem negativas (a evolução não explica Y, não se sabe como Z pode surgir pela evolução), não existe argumento válido contra Darwin.

Mas todos deveriam saber disso pela simples ausência de uma teoria científica alternativa.

Anônimo disse...

Mais uma falácia lógica: Se temos a ausência de uma teoria científica alternativa, isso torna a Teoria da Evolução verdadeira. Mais um non-sequitur.

JeremiasMezenga disse...

Muito bom comentário, Anônimo. Bem lembrado.