Na ZH do dia 28/10:
Caso Herzog
Em Brasília, onde participou da homenagem no Senado ao centenário da imigração judaica no Rio Grande do Sul, o rabino Henry Sobel, presidente da Congregação Israelita Paulista, disse ter reconhecido o jornalista Vladimir Herzog nas polêmicas fotos publicadas pelo Correio Braziliense no dia 17 de novembro.
O rabino, que era amigo de Herzog, foi um dos primeiros a se voltar contra a versão oficial, ao decidir não enterrar o jornalista como suicida. Sobel defende a abertura dos arquivos da ditadura.
No Yahoo, dia 29/10 :
SÃO PAULO (Reuters) - A viúva do jornalista Vladimir Herzog, morto sob custódia da ditadura militar em 1975, reviu as fotos que mostrariam o jornalista na prisão e não reconheceu seu marido, informou em comunicado o secretário especial de Direitos Humanos do governo federal, Nilmário Miranda.
Isto prova que a declaração de Sobel foi completamente desastrada...Parece que ele se deixou levar pela onda...
Também prova que as fotos não eram de Herzog.
Para terminar, uma informação recebida via e-mail... Para pensar.
Informações sobre o Herzog (sem identificação do autor):
O Herzog era membro do Comitê de Jornalistas (ou Comitê Cultural), órgãos burocráticos dentro da estrutura partidária, subordinados ao Comitê Municipal do PCB/SP. Ou seja, terceiro escalão dentro da hierarquia do partido em Sampa. Quando ele foi preso (aliás, convidado a comparecer ao DOI, o que comprova a sua desimportância dentro do esquema do Partidão em Sampa, pois do contrário seria preso na hora, já estavam presos cerca de 120 militantes do partido (inclusive membros do Comitê Central) Dentre eles os coleguinhas do Herzog, lembro do Rodolfo Konder, que foi quem o levou para o Partidão, segundo declarou, e o Paulo Sergio Markun e sua esposa, ambos também do tal Comitê de Jornalistas. Ou seja, quando o Herzog foi convidado a prestar declarações já se sabia tudo a respeito de suas atividades, que todos os quer o antecederam haviam relatado.
Observe que são os próprios Konder e Markun que agora afirmaram que não sofreram qualquer tipo de tortura. O mesmo, seguramente, iria acontecer com o Herzog.
O resumo da ópera era o seguinte. O cara era preso e, no DOI,
perguntado: Você sabe por que está aqui? O cara, instintivamente,
dizia, não. eu não sei. Então era dito ao de cujus o seguinte: aqui já estão presos, fulano, beltrano, sicrano e companhia limitada. Todos falaram a teu respeito. Sabe agora por que está aqui? O Markun foi um que respondeu: Ah. Agora eu sei!
Tão logo o cara chegava a um acordo vinha a tortura: ganhava uma folha de papel e uma caneta para descrever as suas atividades no partido.
Esse era o resumo da ópera. Agora, por que o Herzog se suicidou, já que não existia motivo algum para ele fosse torturado, como os demais não foram? Essa é uma pergunta de prova.
Caso encerrado???
Provavelmente ainda não. Não se mexe com um "mártir" da ditadura impunemente...
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