A �ltima edi��o do "Folha" est� demais. Como sabem, � o jornal do bairro Menino Deus em Porto Alegre e tem o subt�tulo de "este jornal n�o aceita qualquer tipo de publicidade oficial".
D�-lhe Bertrand Dias Kolecza! (editor, e tudo o mais)
Confirmando por quem a imprensa torce
A imprensa torce por aqueles que a escravizam, isto �, o governo, mesmo que na pessoa dos funcion�rios p�blicos, bucha de canh�o da elite pol�tico-partid�ria. Se for o MST que faz passeata tumultuando a cidade o verbo �tumultuar� n�o aparece no notici�rio. O mesmo para as passeatas dos 'fora' sociais mundiais, que infernizam a vida de quem paga para os fora existirem, ou seja, a maioria silenciosa trabalhadora.
Na edi��o de 04/03, o Correio de Povo mostrou que torce por quem lhe escraviza. Em passeata, funcion�rios p�blicos �bloquearam a avenida Mau� por 20 minutos� (capa). J� os funcion�rios de bingos, desempregados pela corrup��o no governo federal, �voltaram a tumultuar o tr�nsito na capital� (p�gina 3). Houve tamb�m a passeata dos funcion�rios da seguran�a estadual. Que querem aumento. Bloquearam a Borges.
Proposta Zona para a Prostitui��o
Bons tempos aqueles em que existiam os cabar�s, em que a prostitui��o n�o usava e abusava das ruas para fazer neg�cio. Manter uma casa de prostitui��o pe crime, o tal do lenoc�nio, mas prostituir-se nas ruas n�o! Lei hip�crita...
Bons tempos tamb�m aqueles em que gente de cabelo comprido e pernas de fora, fazendo ponto na esquina era mulher. O desvio sexual tornou-se um dos mais fortes fornecedores de servi�os sexuais.
Para resolver o problema o secret�rio de seguran�a, Jos� Ot�vio Germano, prop�s um zoneamento para a prostitui��o. Mas as pessoas n�o querem nem saber de ter o sexo in natura, na rua, na porta de suas casas. O mais estranho, nesses dias de hoje, � que t�m raz�o.
No dia 19/03 houve uma reuni�o realizada em uma sala da Usina do Gas�metro, reunindo associa��es de bairro, autoridades estaduais e municipais que defendem os �direitos humanos� da prostitui��o, especialmente a transviada, mais o sindicato da categoria homem-que-�-mulher.
Um problema de conviv�ncia, enfim, num pa�s t�o pequeno. H� pouco espa�o para todos.
Normal ou Anormal?
Ao falar na reuni�o a presidente da associa��o dos moradores do bairro Medianeira (assamed), Alzira Dornelles B�n, formada em biologia, op�-se veemente � presen�a dos travestis nas ruas. Foi quando um representante dos travestis perguntou se �a senhora est� nos chamando de anormais?�.
Ao que a veterana professora de biologia retorquiu sem pestaneja.�Querida, eu acho que uma pessoa pode fazer o que bem entender com o seu corpo, o problema � dela, mas que fa�a dentro de quatro paredes e n�o na rua, como cachorro vira-lata. Al�m do mais, eu sou professora de biologia; n�o posso considerar normal algu�m utilizar o orif�cio do tubo digestivo para fazer sexo�. Fez-se o sil�ncio...
Resultado pr�tico? Os ofendidos normais ainda aguardam provid�ncias das caras autoridades.