Ensaio de Bertrand Dias Kolecza, editor, diretor e tudo mais do "Folha do Porto", o jornal do bairro Menino Deus em Porto Alegre ( o mais liberal da capital).
"Para o professor universit�rio estadunidense Irving Babbitt, a democracia necessita de l�deres. E que deles depende a derrocada ou n�o da civiliza��o, a ascens�o da barb�rie. Para Babbitt, em sua obra cl�ssica de 1923, �Democracia e Lideran�a�, o l�der aut�ntico � aquele que est� sob o imp�rio da humildade, ou seja, de valores morais superiores � sua personalidade. O l�der est� sob o imp�rio do poder de veto. Ao l�der n�o se faculta deteriore os conceitos b�sicos que unem as pessoas em uma ordem social. Sua imagina��o e personalidade n�o podem expandir-se.
A humildade prevalece. Predomina suas concep��es religiosas, do divino, � qual se submetem as pessoas, o seu l�der, pois a for�a do exemplo n�o pode ser desprezada. O l�der, submetido a valores superiores, divinos, sagrados, religiosos, ser� aut�ntico. O l�der que expandir sua personalidade e imagina��o. Recusando-se � humildade torna-se um l�der depravado.
A conclus�o � que Babbitt ainda acredita no papel do governo eleito, da lideran�a que o chefe de Estado exerce. Apesar de ser contra as revolu��es sanguin�rias francesa e bolchevique, ambas coletivistas, de defender radicalmente o individualismo, a liberdade e a responsabilidade, ou seja, � um liberal no sentido cl�ssico, ele � contra o capitalismo Laissez-Faire.
Nisso tem como grande oponente � escritora russa Ayn Rand, naturalizada nos EUA, onde viveu quase toda a sua vida. Rand, roteirista de cinema, novelista e, enfim, criadora de uma escola filos�fica, o Objetivismo, em muitas coisas concordaria com Bobbitt, principalmente na defesa do indiv�duo,d e sal vida interior, dos valores morais, da responsabilidade individual. Mas seus postulados discordam da cren�a de Babbitt na necessidade crucial do l�der pol�tico.
Os valores morais superiores, para Rand, n�o necessitam da chancela de Deus.Os valores morais s�o necess�rios para que o homem respeite o outro homem. Ela apela � exist�ncia do indiv�duo, que � real, e recusa o m�stico, seja o religioso (Deus), seja o de for�a bruta (socialismos e demais coletivismos).
Para ela, o papel do governo � o de prote��o � amea�a externa, e de justi�a, mais pol�cia. Ou seja, o Estado, que � sustentado pelos impostos, deve ser forte para defender os indiv�duos, como nos casos de agress�o, fraude, roubo; para defender a integridade individual em especial a de sua vida, trabalho e de sua propriedade.
Para Rand, o l�der n�o � o pol�tico eleito, pois a ele cabe controlar o Estado, para que n�o se degenere em excesso de poder sobre o indiv�duo. Para Rand, l�der � cada homem que trabalha, cria, inova, em pequena ou grande escala, viabilizando a sua exist�ncia. E, quanto mais o homem cria com seu trabalho, mas pessoa beneficia.
Rand resumiu, para os exigentes cr�ticos, suas id�ias.
Metaf�sica: Realidade objetiva, ou, �A natureza, para ser governada, deve ser obedecida�. Epistemologia: Raz�o, ou, �Voc� n�o pode comer o bolo e ainda o ter�. �tica: Interesse Pr�prio, ou, �O homem � um fim em si mesmo�. Pol�tica: Capitalismo, ou, �D�-me a liberdade ou d�-me a morte�.
Nenhum comentário:
Postar um comentário