Das operações matemáticas, a multiplicação é a mais opressora, pois é o símbolo do acúmulo. Já a divisão é uma metáfora a "justiça social". O problema é que dividir por "zero" só dá resultado "zero". Ainda mais que "zeros à esquerda" nada acrescentam de valor ao número, pelo contrário. Ah, a divisão... A divisão pode ser justa ou apenas fracionária, sectária, fraturante.
Podemos usar também uma metáfora fisico-química para caracterizar a nossa "direita" e a esquerda.
A esquerda pode ser comparada aos elementos definidos como "líquidos imiscíveis" e a nossa direita como "sólidos". A esquerda, tal qual os tais líquidos imiscíveis, reage da mesma forma quando aplicada uma força externa, unindo-se de forma mais ou menos atabalhoada e que, imediatamente, ao cessar o vetor da força externa, retomam à estratificação hierárquica pré-existente (líquidos mais leves acima, mais pesados abaixo).
A direita, por sua vez, é como um sólido - uma rocha - ao reagir às forças externas: começa por sofrer pequenas fissuras que, avançando em grau proporcional à força aplicada, acabam por fractura-la e dividi-la totalmente. Mesmo que a fractura não seja completa e mesmo que o vetor externo cesse, não há a volta ao normal. É completa a impossibilidade de voltar à união inicial. Ficamos reduzidos ao pó.
Um comentário:
Curiosas suas analogias. Não acho que elas se encaixem bem, pois a esquerda é muito pouco maleável. A maleabilidade da esquerda está em aceitar os pressupostos requeridos para estar em tal posição (ou seja, antes de se tornar esquerda). Uma vez que estejam encaixados são extremamente intransigentes, e muito dificilmente se adaptam as pressões da realidade (que são diferentes das variadas pressões ideológicas internas). Negam e se esquivam delas a todo custo, porque sabem (consciente ou inconscientemente) que serão fraturados.
Em relação a divisão; a divisão por 0 na verdade tende a infinito, e não à 0. Talvez você queira dizer justamente o contrário: Se dividir uma quantia por um número cada vez maior o resultado tende a diminuir. No caso do denominador tender a infinito o resultado tende a zero.
lim(R/X)= 0
X-> Infinito
R-> Finito
X = população
R = recursos
Ou seja, a não ser que a produção de recursos (riquezas) aumentem, cada um receberá cada vez menos conforme a população aumenta.
Isso explica claramente outro motivo para a existência das gulags e das execuções no regime soviético. Não só era necessário expurgar todos os opositores, como isso ajudaria na balança econômica.
E mesmo assim milhões ainda morreram de fome, mostrando o quão ineficiente esse sistema é.
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