sábado, maio 15, 2010

A Teoria do Baile de Carnaval no Debate Político Brasileiro

Prólogo: O baile de Carnaval não está especialmente animado, a banda toca mais um samba-afoxé-reggae-axé da moda mas o pessoal parece ainda não ter entrado no espírito daquele "baile de carnaval brasileiro", mundialmente famoso.
Até que alguém - talvez uma equipe de TV ou mesmo um particular, isso não faz diferença - traz uma câmara de vídeo. Ao ligar o aparelho tudo se transforma: as meninas, até então sentadas, levantam-se e começam a sambar freneticamente à frente do cinegrafista, percorrendo todas as glórias da cultura de dança de salão brasileira, do samba-gafieira à dança da garrafa, com toques de funk carioca no entremeio; Outra imediatamente arrebata uma garrafa de cerveja da mesa ao lado e a derrama sobre os seios enquanto continua a dançar freneticamente. Um animado parceiro chega para dançar e eventualmente "tomar" um pouco de cerveja..Pronto. em cinco minutos temos cenas picantes do famoso "Carnaval brasileiro", prontas para exportação.

O papel dos políticos brasileiros frente à imprensa é exatamente o mesmo.

Os jornais nacionais, desde os tempos das ditadura, tiveram suas salas de redação transformadas em santuários de proteção ambiental de comunistas e simpatizantes. Ao longo do tempo, o espectro de influência desta turma, inicialmente relegada a alguns editoriais e colunismo político, como um câncer em metástase, tomou conta do hospedeiro. Os sintomas são descritos em detalhes na obra de 1996 de Olavo de Carvalho "O Imbecil Coletivo".
Pois nossos políticos, principalmente os ditos de centro-direita, ao invés de denunciar o radicalismo à esquerda das publicações nacionais, o que fizeram? Tais como as meninas do baile de carnaval, entregaram-se as mais absurdas declarações "politicamente corretas" para ter o seu momento de glória - ou seja ser comentado de maneira positiva pelos jornais. E o fazem sabendo que vão perder muitos dos votos que originalmente havia obtido.
Esta é a síndrome do "Baile de Carnaval" na política brasileira. Políticos brasileiros não são gente interessada em resolver os problemas da população. Querem é aparecer.

Corte: Leiam abaixo, a notícia sobre a briga do presidente da região autônoma da Madeira, Alberto João Jardim - um conservador que governa a ilha há décadas, com o editor chefe de um prestigioso jornal português, filial Madeira. Isso seria impensável no Brasil. Aliás, se houvesse mais políticos "com tomates" (como se diz por aqui) provavelmente a imprensa nacional não seria uma espécie degenerada de cinegrafista de baile de carnaval decadente.


Jornal da Madeira - www.jornaldamadeira.pt - Edição Online
Na óptica do líder madeirense «o Partido Comunista continua a ter muita força no interior do Diário de Notícias». E acrescentou «o novo director é um elemento ligado ao grupo de ex-padres que têm princípios que são princípios marxistas e muito próximos do líder actual do PCP».

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