sexta-feira, dezembro 05, 2008

Mais Uma Vítima da Guerra Civil Brasileira ou de Tribunal Revolucionário ?

(Dica: por mail - Marcelo Prudente)
É triste, estando tão longe, perceber como - no Brasil - éramos invadidos por notícias como esta e nem dávamos conta disso. Era um fato da vida. "A violência aumenta por causa da diferença entre os mais ricos e os mais pobres" (pelo menos é isso que a maioria da população acredita).
Isto faz com que bandidos de moto, saiam a disparar cinco tiros à queima-roupa à donos de carros último tipo, como um flamante Gol ano 1989.

Ainda por cima, a vítima era vice-presidente do Cremers-RS  (Conselho Regional de Medicina - RS) e se opunha à aprovação automática - sem revalidação pelas universidades brasileiras - de diplomas médicos emitidos em Cuba.

Sim, muitos estudantes, por não conseguir entrar em alguma universidade brasileira (as vagas para medicina são as mais disputadas e, portanto, só os melhor preparados conseguem aprovação), acabam utilizando o recurso de formarem-se em Cuba. Só que estes diplomas, segundo a legislação atual, devem ser revalidados por alguma universidade brasileira para que possam exercer a profissão de médico no Brasil.

Mas existe um atalho: estudantes "cubanos" contratam um advogado que obtém - utilizando-se de uma pretensa necessidade de urgência - a validação SEM que alguma universidade brasileira os avalie.

O vice-presidente do Cremers , Marco Antônio Becker, era contra o "atalho". Foi assassinado a sangue-frio. Por ter sido um ataque tão certeiro, não posso deixar de pensar que foi um crime encomendado. Parece que Marco Antônio foi julgado em algum tribunal revolucionário e "justiçado". Leia aqui a manchete na Zero Hora.

Polícia - Câmeras podem ter registrado imagens do assassinato do vice-presidente do Cremers
O oftalmologista foi morto na noite de quinta-feira com pelo menos cinco tiros, disparados por um homem que estava na carona de uma moto. O crime ocorreu na Rua Ramiro Barcelos, no bairo Floresta, em Porto Alegre.



Leia aqui algumas opiniões de Marco que devem ter enfurecido os Castro-lovers que infestam as redações, bancos universitários e diretórios políticos no Brasil.



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Para conseguir um registro de médico no Brasil vale mentir e
falsificar documentos. Escritórios de advocacia se especializam em
entrar com processos para revalidar diplomas obtidos no exterior para
que seus clientes possam exercer a medicina.

 

As decisões são provisórias e cabem recurso judicial. 'São ações
baseadas numa situação de emergência normalmente forjada pelos
advogados', diz Marco Antônio Becker, presidente do Conselho Regional
de Medicina do Estado (Cremers).


 

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Médicos irregulares "invadem" a América Latina


Com a participação de representantes do Brasil, Argentina, Bolívia,
Panamá, Uruguai e Venezuela, a Assembléia Geral Extraordinária da
Confederação Médica Latino-americana e do Caribe (Confemel), realizada
de 25 a 27 de abril (27/04/07), na sede da AMB, em São Paulo, teve como
tema central a crescente atuação ilegal, nesses países, de médicos
formados no exterior sem diploma revalidado.


Mais grave é que, por não serem registrados nos Conselhos, seu
exercício profissional não pode ser fiscalizado, o que expõe a
população atendida a danos irreversíveis. "É inaceitável que os
pacientes mais pobres, que dependem do sistema público, sejam
assistidos por pessoas inabilitadas, de formação duvidosa", ressalta
Becker.


http://www.amb.org.br/mc_noticias1_abre.php3?w_id=2820


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JAmrigs: E a revalidação do diploma estrangeiro?


Becker: Defendemos que
todo o médico formado no exterior, seja brasileiro ou não, tenha de
revalidar o diploma em universidade pública brasileira, como manda a
lei. Aí fica essa questão de entrar na Justiça. Pergunto: se a medicina
em Cuba é tão boa, como dizem, por que os egressos não fazem o exame
para revalidar o diploma aqui?


 


http://www.amrigs.org.br/entrevistas_detalhe.asp?campo=1736&secao_id=143


 


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Presidente Marco Antônio Becker apresenta denúncias sobre o
exercício da medicina na América Latina à Associação Médica Mundial, na
Alemanha

 

O presidente da Confederação Médica Latino-Americana e do Caribe
(Confemel), o gaúcho Marco Antônio Becker, viaja na próxima semana para
participar da 176ª Reunião do Conselho da Associação Médica Mundial,
que será realizada em Berlim, na Alemanha, entre os dias 10 e 12.
Becker, que preside o Conselho Regional de Medicina/RS, vai denunciar
uma ação organizada de países latino-americanos no sentido de oferecer
atendimento médico precário à população carente. "Alguns países dito
populistas querem tratar o pobre com médicos inabilitados e de formação
médica duvidosa ou insuficiente. Isso eticamente é inaceitável",
enfatiza o dirigente.
Essa denúncia está contida na Declaração de
São Paulo, tirada na Assembléia Extraordinária da Confemel, ocorrida
semana passada em São Paulo. O documento destaca, ainda, que muitos
países estão desviando recursos da saúde para outras finalidades,
prejudicando o atendimento à população e afetando o trabalho médico. A
Confemel denuncia também a ameaça do governo da Venezuela de estatizar
as clínicas privadas, que cobrem o vazio deixado pelo setor público.
Marco
Antônio Becker vai relatar que alguns governos patrocinam ou permitem o
exercício ilegal da medicina, quanto autorizam o ingresso de médicos
formados no exterior sem efetuar a revalidação do título de acordo com
o ordenamento jurídico de cada país. "Está havendo um estímulo
irresponsável na maioria dos países à importação de médicos formados no
exterior, em especial cubanos, em detrimento dos médicos nacionais e em
prejuízo à população", afirma Becker.
Outro problema que será levado
à Associação Médica Mundial é "a proliferação de cursos de medicina sem
necessidade social, sem as mínimas condições de ensino e com único
objetivo do lucro".
Declaração de São Paulo
A
CONFEMEL (Confederação Médica Latino Americana e do Caribe), reunida en
Assembléia Geral Extraordinária, na cidade de São Paulo, durante os
dias 25, 26 e 27 de abril de 2007, resolveu denunciar publicamente:
1)
Que os médicos dos países da América Latina e do Caribe estão sendo
desprestigiados e agredidos na sua atividade profissional, por falta de
reconhecimento dos seus governos no que diz respeito à condições de
trabalho e acesso a uma remuneração digna. Assim sendo, CONFEMEL
defenderá sempre a capacidade científica e ética dos médicos da nossa
região, como mecanismo de proteção de uma atenção adequada às nossas
populações, exigindo aos governos o respeito das leis e o compromisso
em matéria política e prioritária de atender adequadamente os problemas
assistenciais da nossa população.
2) Que alguns governos
patrocinam ou permitem o exercício ilegal da medicina, quanto autorizam
o ingresso de médicos formados no exterior sem efetuar a revalidação do
título em forma legal, de acordo com o ordenamento jurídico de cada
país. Essa situação causa sérios prejuízos à saúde dos pacientes.
Eticamente é inaceitável propôr que a atenção aos pacientes pobres se
realize por profissionais inabilitados e de formação médica duvidosa ou
insuficiente.
3) Que no lugar de trazer médicos de formação
duvidosa de outros países para trabalhar no interior de cada um deles,
culpando aos médicos nacionais pela omissão da atenção nessas regiões,
o correto é implementar políticas de saúde que integrem aos médicos
nacionais, radicando-os nestes lugares.
4) Que a CONFEMEL
impulsiona a existência de revalidações universitárias de diplomas
estrangeiros, baseada em aspectos científicos e éticos, mas não por
interesses políticos, ideológicos e econômicos, como acontece
atualmente.
5) Que países da América Latina e do Caribe
estão desviando recursos destinados à saúde para outras finalidades,
com o consequente decréscimo de atenção à população.
6) Que
faculdades de medicina na América Latina estão proliferando sem a
necessidade social, nem as mínimas condições de ensino e qualidade,
colocando em risco a saúde da população.
7) A falta de
garantias individuais e coletivas para os médicos, em contradição ao
ideário democrático que deve regir os nossos países.
8) Que
os sistemas de saúde na América Latina e no Caribe devem ser
implementados por um acordo conciliador; em um amplo debate entre os
governos, os conselhos e associações médicas; e a população organizada,
em busca de uma política de saúde adequada que melhore a qualidade de
vida do povo.
9) Que a CONFEMEL rechaça a intenção de
estigmatização penal da prática médica, que se pretende incluir nos
códigos penais dos países.


 

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Tendência do governo Lula de reconhecer diploma de brasileiros prestes a se formar no país de Fidel gera resistência

 

"Não somos contra cubanos, mas não pode haver privilégios. Devido
a problemas econômicos, Cuba está ficando para trás. Achamos que deve
haver igualdade de tratamento para todos que estudam no Exterior.
Quando esses alunos foram para Cuba, já conheciam as regras de
validação."

 


 

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2 comentários:

jjj disse...

O Dr Marco Antônio Becker no comando do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul por mais do que um mandato marcou sua atuação por campanhas publicitárias nas quais confrontava explicitamente os governos estadual e municipal e as suas respectivas secretarias da saúde no que referia as suas ações, práticas e orçamentos. Além disso lutou abertamente contra a abertura de novas faculdades de medicina de universidades poderosas como a da Ulbra (Universidade Luterana) que agora está falida e a de medicina da UNISC de Santa Cruz do Sul. Marcou também confronto com o sindicato de enfermagem que pretendia obter a liberação de atividades tipicamente médicas para a classe dos enfermeiros. A investigação e a elucidação do seu assassinato deverá ser muito polêmica pois além da questão dos diplomados cubanos (que realmente é uma "picaretagem" - vou começar a pedir a apresentação do Diploma antes das consultas!), muitas instituições, políticos e cidadãos tinham motivos para querer ver este combativo representante da classse médica gaúcha fora de circulação.

jjj disse...

Minhas congratulações de um ótimo 2009,Mr Assunpção!