terça-feira, dezembro 25, 2007

O manifesto de André Petry, ateu fundamentalista, pós-moderno, chique e perfumado, em reportagem especial de VEJA, Natal de 2007

O professor Enézioo envio-me esta importante mensagem.
Repasso.

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Prezado Luis,

Favor repassar este link para seus amigos e pedir a eles que enviem para o maior número de pessoas interessadas nesta questão. É um pequeno artigo replicando a reportagem de capa de VEJA de Natal de 2007 assinada por André Petry:

http://pos-darwinista.blogspot.com/2007/12/o-manifesto-de-andr-petry-ateu.html

Se possível, enviem e-mails respeitosos para Eurípedes Alcântara, diretor de redação de VEJA, sobre esta inusitada situação: veja@abril.com.br

Atenciosamente agradecido,

Enézio E. de Almeida Filho

4 comentários:

Anônimo disse...

Caros senhores:

Li o artigo constante no link e nada mais vi do que uma simples opinião de uma pessoa que defende sua escolha na vida comparando-a com a dos demais.

Até os meus 20 anos de idade fiz parte de uma comunidade evangélica pois minha mãe também o era.

Como eu não me afinava muito bem com os dogmas religiosos pois eu era mais simpático às ciências do que propriamente à religião, senti-me bastante inferiorizado nesse contexto social religioso.

Como todos nós sabemos e não pensar muito sobre isso para não fraquejarmos em nossas escolhas, qualquer pessoa que se sinta menos em algum lugar procura algum lugar que a faça se sentir mais.

O ateísmo nada mais é do que o repúdio à um ambiente social em que a pessoa se sentiu impedida de crescer e de se sentir bem conforme suas características mentais, físicas e psicológicas.

Como os traumas de sua vida religiosa perduram em sua sub-consciência provocando-lhe emoções desagradáveis tais como culpa, medo e insegurança, ela procura através da raiva e de um discurso racional, desacreditar para si mesma o papel da religião em sua vida.

Os evangélicos fazem a mesma coisa pois após uma vida mundana onde só quebraram a cara, se voltam para uma vida espartana onde tentam desesperadamente se dar alguma importância social no mundo e justificarem dessa forma o porquê de terem fracassado na sociedade como pessoas.

Afinal, somos seres sociais e precisamos nos sentir importantes de alguma forma para os outros, pelo menos para sentirmo-nos vivos de alguma forma, mesmo que para a vida estejamos nos matemos psicologicamente e nos anulemos como pessoas.

Portanto, o protesto apresentado por esse blog nada mais é do que a voz de um indivíduo que ainda não se convenceu das vantagens e necessidades pessoais de sua opção religiosa e que se sente balançar em suas convicções quando lê algo contrário àquilo que se esforça tanto para acreditar.

Afinal, quem sabe o que quer não se incomoda com o que os outros querem ou pensam.

Abraços.

Anônimo disse...

Caro Senhor Labrego,

Pelo que se deduz do seu comentário, os ateus podem atacar a fé, com truculência, numa revista semanal lida por centenas de milhares de pessoas, que nada mais estariam fazendo senão liberando sua "enorme" capacidade mental, física (?) e psicologica, outrora tolhida pelo "ambiente social" religião.

Do outro lado, se algum crente ousar defender a sua fé isso seria por convicção fraca e por se incomodar com "o que os outros querem ou pensam".

A propósito, o senhor, que presumivelmente sabe o que quer, porque se incomodou com o texto do Professor Enézio, a ponto de não tolerar uma única manifestação discordante em meio a um fogaréu de agressividade ateísta?

Tão incomodado com a religião que não admite que alguém, em meio a uma multidão, escreva em sua defesa. Bem ao gosto da malta ateísta hodierna, via Dawkins, Dennett, Harris, Pétry.

De uma hora para outra, essa cambada iniciou uma virulenta ofensiva contra a religião, que não se trata somente de divulgar um ponto de vista, mas espalhar a sanha de intolerância escludente com relação à fé e aos crentes.

Junte-se à essa corja o oportunismo de uma revista de grande tiragem ao tratar esse assunto como matéria de capa exatamente na época do Natal, assinada por um dos ateus mais imbecis que já li, sem nenhuma linha para o contraditório, quando muito uma breve menção sobre Francis Collins, quase a sugeri-lo como um excêntrico desgarrado. Toda a matéria, fechada com uma entrevista com Sam Harris, é um libelo ateísta anti-religioso da mais baixa estirpe, eivado de preconceitos estúpidos, remoendo velhas questões como a pseudo oposição inconciliável entre ciência e fé, sempre no sentido de apontar aquela como a excelência do conhecimento e esta sua antípoda tenebrosa.

Depois, aguarda-se a reação de um ou outro crente apenas para alegar falta de convicção de sua fé, ou defesa de sua escolha de vida comparando-a com a dos demais. E também posar de vítimas. Essa tática funciona, não? Mais ou menos assim: os militantes ateus imbecis agridem a crença e os crentes publicamente num veículo midiático de grande alcance. Um outro crente se manifesta contra. Os ateus então se postam de vítimas dos nulos e mortos psicologicamente (que nulidade mais presente!). Afinal, defender convicções agora virou falta de convicções...

Anônimo disse...

Caro Eduardo Araújo:

Sem intenção de ofender ou de querer atacar a fé religiosa de ninguém eu procuro expor meus pontos de vista sobre determinados assuntos justamente para modificá-los em minha maneira de pensar sobre o mundo e as coisas.

Na verdade, meus comentários são altamente subjetivos, ou seja, expressam aquilo que sinto no momento em relação aos artigos que leio.

No fundo, eu também não sei o que eu quero, apenas gostaria de saber.

Se você atentar para minhas palavras perceberá que as mesmas são oriundas de minhas frustrações familiares na infância e na adolescência pois justamente aquilo que eu era inapto para realizar minha família valorizava e aquilo que eu era apto não davam a mínima importância.

Enfim, cresci com essas frustrações inconscientes e, na medida, do possível tento verbalizá-las para tirar a importância que as mesmas tem para mim.

Esse método catársico funciona pois quanto mais as minhas frustraçõs passadas são colocadas para fora mais as mesmas vão deixando de ser frutrações para se transformarem em alívio por eu não ter seguido determinados caminhos.

Por isso, não se ofenda com minhas palavras mas rebata-as também no mesmo tom com que estou me expressando. Você nem imagina o quanto está me ajudando nesse debate de opiniões.

Abraços.

Anônimo disse...

Caro Eduardo Araújo:

Faz tempo que eu não acesso esse blog e relembrei muitas das dúvidas que eu ainda alimentava em relação à religiosidade humana, às quais venho dirimindo aos poucos e com muita leitura.

Percebi com o passar do tempo que as minhas análises sobre o assunto, apesar de incompletas e sem muita sustentação racional, estavam no caminho certo pelo menos.

Um dos dogmas religiosos mais interessantes do cristianismo e ao qual eu mais me apego a fim de justificar minhas escolhas é o da salvação individual segundo as próprias obras.

Daí o meu desinteresse pelas vozes dissonantes que tanto alardeiam sua pretensa superioridade diante daqueles que humildemente ainda buscam pela verdade de si mesmos.

Li num artigo recente que a religiosidade é uma condição normal em qualquer sociedade e a falta da mesma é que configura um estado de anormalidade já que a própria antropologia e sociologia perceberam isso em sociedades selvagens, bárbaras ou civilizadas.

Não há como um grupo de pessoas tão heterogêneo em seus interesses se unir em torno de um Pai único cujas ordens são obedecidas sem muita discussão.

Esse Pai único deve ser uma figura que até mesmo nossos pais de carne e osso se submetam a ela.

Isso vai desde cedo introjetando na criança o sentido da obediência social aos preceitos da civilização, fazendo-a sentir-se culpada ou medrosa quando não consegue se ajustar aos paradigmas sociais cristãos vigentes na sociedade.

O papel da religião nesse caso visa apenas a manter intactos as bases da nossa civilização através da justificação por nossos interesses individuais ainda não terem sido atendidos já que todo ser-humano é um ditador em potencial até mesmo da vontade divina a qual almeja controlar para seu uso próprio.

Dentro desses conceitos que ora lhe exponho deduz-se que a religião de fato mais perfeita para os moldes atuais ainda é e sempre será o cristianismo, pelo menos para o Ocidente, pois a nossa psicologia ainda é a do oprimido e dominado por forças que escapam à compreensão do senso-comum.

Tal é daninha essa psicologia do oprimido, se bem que é melhor do que a psicologia do opressor, que o indivíduo somente compreende as falácias da mesma depois dos 40 anos e quando percebe ainda.

O que se percebe socialmente nas famílias são vítimas oprimindo vítimas, ou seja, todos nós, com poucas exceções, fomos educados sob os pontos de vista de pais vitimados pela sensação de opressão social e, por isso, quiseram educar seus filhos para se defenderem disso, incutindo-lhes medo pela vida e pela sociedade.

Daí o provável boom no número de ateus na sociedade mas não se preocupe com tudo isso.

Cedo ou tarde, todos nós sentiremos necessidade de voltarmos para a casa do Pai como um filho pródigo que se perdeu mas que foi reencontrado.

Jesus nos alertou para nos abstermos do fermento dos fariseus, ou seja, das discussões, pois o caminho dos céus é construído através do nosso caminhar e não de nossas paradas no meio do caminho para discutir se determinado ponto é correto ou não.

A correção ou não de determinado artigo de fé se faz através da aferição de seu valor segundo nossa própria experiência de vida.

Portanto, para finalizar, se algo lhe faz mal abstenha-se desse algo. Não se envenene com o veneno da discórdia que visa fazê-lo retroceder 10 passos a cada passo avançado.

Se a Ciência é um assunto interessante para você procure estudá-la e não discuti-la. Se o futebol lhe é interessante, procure jogá-lo e não discuti-lo, se a Política lhe é interessante, procure praticá-la e não simplesmente discuti-la.

É sabido pela própria experiência coletiva humana que pessoas que somente discutiram temas controversos sem jamais agirem em nome deles, só conseguiram enlouquecer e se dar uma baixa qualidade de vida.

Até mesmo os larápios que hoje chegaram ao poder político agiram em nome de suas crenças, evitando ao máximo de discuti-las já que até mesmo eles sabem a importância da ação em detrimento da discussão.

Primeiro se faz e depois, se der tempo, discutimos.

Abraços.