segunda-feira, dezembro 05, 2005

A revolução Gramsciana no Brasil está em declínio?

Na coluna de Olavo de Carvalho no Jornal do Comércio, uma nova leitura do processo revolucionário gramsciano do Brasil.
Será que quarenta anos de hegemonia cultural vão acabar por auto-combustão espontânea?

Acho que não é tão espontânea assim. A mudança da opinião pública não foi assim automática. Existe influência sim. De todos os que se mobilizaram para denunciar a farsa democrática brasileira, principalmente pós-2002.

Mas a batalha não está ganha. Não é só com o vislumbre de Gandalf montando Scadufax contra o horizonte que vai dar a vitória quase impossível aos bravos resistentes no Abismo de Helm. Não, ainda falta muito. Mordor continua governando todo o resto.

Mas é uma esperança. Uma nova esperança.


Ah! O final do texto é ótimo:
"Aquele velhinho maluco com a bengala, em Brasília, não era o Yves Hublet. Era eu. Não saí da Virginia, mas, juro, era eu. Esse prazer ninguém me tira. E acho que alguns milhões de brasileiros sentem o mesmo."

Muitos brasileiros sentem o mesmo, caro Olavo, muitíssimos mesmo.

Feliz 2006 (adiantado)

Trecho:

"Ao contrário do que aconteceu nos EUA, onde a revolução cultural entrou em refluxo sob os golpes de uma intelectualidade cristã e conservadora diligente e criativa, no Brasil quarenta anos de maquiavelismo gramscista estão sendo abortados simplesmente desde dentro, pela mágica inexplicável da burrice. O problema é que, quando a força hegemônica se extingue a si mesma, sem um único adversário para sequer remover o seu cadáver, o mau cheiro da sua decomposição pode se impregnar por muito tempo no campo de batalha vazio."


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