Na coluna de Olavo de Carvalho no Jornal do Comércio, uma nova leitura do processo revolucionário gramsciano do Brasil.
Será que quarenta anos de hegemonia cultural vão acabar por auto-combustão espontânea?
Acho que não é tão espontânea assim. A mudança da opinião pública não foi assim automática. Existe influência sim. De todos os que se mobilizaram para denunciar a farsa democrática brasileira, principalmente pós-2002.
Mas a batalha não está ganha. Não é só com o vislumbre de Gandalf montando Scadufax contra o horizonte que vai dar a vitória quase impossível aos bravos resistentes no Abismo de Helm. Não, ainda falta muito. Mordor continua governando todo o resto.
Mas é uma esperança. Uma nova esperança.
Ah! O final do texto é ótimo:
"Aquele velhinho maluco com a bengala, em Brasília, não era o Yves Hublet. Era eu. Não saí da Virginia, mas, juro, era eu. Esse prazer ninguém me tira. E acho que alguns milhões de brasileiros sentem o mesmo."
Muitos brasileiros sentem o mesmo, caro Olavo, muitíssimos mesmo.
Feliz 2006 (adiantado)
Trecho:
"Ao contrário do que aconteceu nos EUA, onde a revolução cultural entrou em refluxo sob os golpes de uma intelectualidade cristã e conservadora diligente e criativa, no Brasil quarenta anos de maquiavelismo gramscista estão sendo abortados simplesmente desde dentro, pela mágica inexplicável da burrice. O problema é que, quando a força hegemônica se extingue a si mesma, sem um único adversário para sequer remover o seu cadáver, o mau cheiro da sua decomposição pode se impregnar por muito tempo no campo de batalha vazio."
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