segunda-feira, dezembro 20, 2004

Hiper-realidade e normalidade

No antigo seriado do Zorro – para quem se lembra – havia uma situação recorrente. Sempre que algo de importante iria ocorrer, geralmente à noite, era mostrada sempre a mesma cena: o vigilante noturno parado na “plaza” central do povoado de Los Angeles tranquilizava a população avisando que era “Meia-Noite e estava tudo normal”...
Sabíamos que nada estava "normal", pois o Zorro ou algum bandido estava prestes a agir e a aparente tranquilidade do povoado iria sumir em questão de minutos.

Pois é exatamente a imagem que me vem à cabeça quando leio inúmeras manchetes de jornal, reportagens aclamando o “melhor momento” da economia desde 1994, dos índices de aprovação do governo e muitos outros etc.

À luz destas notícias e manchetes, parece que o Brasil nunca esteve tão bem, parece que o país é uma nau navegando em águas tranquilas rumo a um futuro promissor.

O país pensa exatamente isto hoje. Enquanto isso, nós – os paranóicos - continuamos a dizer que, pelo contrário, a situação do país é ameaçadora.

Nossos críticos nos acusam de usar uma lente de aumento, de aumentar ou exagerar fatos e informações que corroborem com “nossas” crenças, ao passo que menosprezamos os fatos que a contradizem. Fizemos então uma leitura hiper-realista dos fatos, uma espécie de visão política “expressionista” acentuando os os traços escuros desta aparente normalidade. Com isso ficamos bem destacados no contraste com o fundo pastel-ensolarado da normalidade “impressionista” da paisagem Brasileira. Somos personagens saídos de um romance “noir” de Dashiel Hammet a assombrar os pacatos cidadãos do fictício “povoado de Los Angeles”.

Será que estamos mesmo dentro de uma hiper-realidade?

Vejamos o que temos.
Uma verdade é inegável: hoje o Brasil sofre de uma censura auto-imposta de informações jamais vista em tempo algum de sua história. Mesmo no tempo do regime militar, em que havia censura sistemática às notícias não havia restrições à circulação de idéias e livros. Ou seja, a censura noticiosa e do entretenimento (cinema, novelas) não impediu o livre fluxo dos livros e idéias principalmente em nosso meio universitário e intelectual.
O que acontece hoje é muito pior: com redações e mentes empapuçadas de ideologia vendida como “senso comum”, os meios de informação auto-mutilam suas mensagens, seja eliminando a notícia completamente seja “interpretando-a” dentro do seu arcabouço ideológico.
Isto causa uma contradição entre a realidade e a ficção nacionais incríveis. Como justificar e entender a vitória de Bush nos Estados Unidos se temos a impressão de que o americano médio (pelo menos os “letrados”) o odeiam? Constatação assegurada pelas próprias matérias dos jornais americanos reproduzidas por aqui como também pelos livros sobre o tema disponíveis no Brasil. A conclusão só pode ser uma: os americanos que elegeram Bush são caipirões iletrados, reacionários, violentos e perigosos. Isto é só um exemplo de muitos outros.

A nossa avaliação (a “paranóica”), por outro lado, é baseada em outros fatos e análises, notícias que não são veiculadas normalmente pela nossa imprensa. Estou falando de informações de sites como World Net Daily (www.wnd.com) , New Max (ww.newsmax.com) e centenas de blogs de diversos países (EUA, Austrália, Iraque, Venezuela). Há também livros de autores vindos por detrás da antiga cortina de ferro como Anatolyi Golitsyn & Ladislav Bittman por exemplo.
Tudo isso nos dá conta da profundidade e extensão dos programas de desinformação implementados pelos países comunistas (ou antigamente conhecidos como comunistas) para enganar o mundo ocidental e as ameaças que pairam sobre o mundo judaico-cristão neste início de milênio.
Nos damos conta da frenética tentativa de maquiar o passado. Também de como políticas como a do desarmamento civil e descriminalização das drogas podem levar. Sabemos da extensão e profundidade da influência do Foro de São Paulo nas ações deste governo. Se analisarmos o que já aconteceu (no exterior, no passado ou presente) quando estas técnicas foram usadas comparando com o que está acontecendo no Brasil, o prognóstico é sombrio.

Será que somos nós os errados? Será que somos tão paranóicos ao ponto de não enxergar o que acontece de verdade – a tal realidade – preterindo-a por uma “hiper-realidade” auto-impingida?

Não acredito. Mas tenho pelo menos a humildade de aceitar esta pecha, pois seria um efeito colateral mínimo e até desejável. Se nossas preocupações ajudarem de alguma forma a desmontar a bomba, então o preço de ser um “paranóico” seria pequeno. A obrigação moral que sobrevêm a todos que tem posse destas informações, é brutal e antecede a todo o resto.
Melhor ser conhecido com o “paranóico” profeta de uma catástrofe que não aconteceu do que o detentor da sabedoria aristocrático-afetada do “não digam que eu não avisei...”

6 comentários:

Anônimo disse...

A olavete nazi-fascista puxa-saco de madame Pompadour de Carvalho não toma vergonha na cara mesmo... Principalmente agora que sua diva ofendeu o povo brasileiro e as reações já estão se iniciando...

Luís afonso disse...

Alguém que não tem a coragem nem a vergonha na cara de se identificar não merece mais que duas linhas: volte para o esgoto de onde nunca deveria ter saído. Assumir suas opiniões é tarefa para HOMENS.

Anônimo disse...

"centenas de blogs" hahahahahahaha Blog!!? Blog????!!! Você não quer que alguém te leve a sério, não é possível. Mas tenho de admitir, houve uma ponta de originalidade nessa criação. Não me lembro de ter lido nada sobre seu chefe, o astrólogo, emitindo créditos a blogs.

Você esqueceu de citar a Fox entre os outros dois exemplos de confiabilidade, o WND e o News Max.

Esta página, mesmo não sendo seu propósito, é muito mais séria.

Anônimo disse...

Olavete nazi-fascista puxa-saco de madame Pompadour de Carvalho, você não tem vergonha na cara MESMO. Sua chefe, a astróloga, por causa das ofensas que faz a torto e a direito está se afundando cada vez mais e levando você, otária, junto com ela. Saia dessa enquanto pode, menina.

Luís afonso disse...

Bueno, como não há argumentos, apenas o reverso de uma paixão homofóbica evidente ressaltada por chiliques-desvairados-de-carência-anal-mal-resolvida, o que aliás justifica a necessidade de anonimato destes indivíduos, estou fechando a porta para comentários anônimos...
Sorry periferia, eu sei que vocês a-d-o-r-a-m ser espinafradas por aqui, mas tenho mais coisas a fazer, fag!

Luís afonso disse...

Uma coisa eu tenho que realmente reconhecer: estes caras tem uma persistência do mesmo nível de sua boçalidade, ignorância e intolerância.
Mas seus protestos indignados só mostram que a minha direção é a correta, desviando ao longe do "caminho da servidão".