segunda-feira, maio 06, 2013

A Culpa de Todos Nós

Segundo a Bíblia, o homem tornou-se imperfeito e veio mesmo a morrer por conta de sua desobediência a Deus. Este é o pecado original. Todos os outros não passam de cópias made in China.

Uma das mais batidas teclas da modernidade é o conceito que o homem não deve ter culpa de nada. Tudo é “bom” e nada do que fazemos é “errado”. Culpa é algo que devemos nos livrar para ter uma vida realmente livre. Culpa foi algo criado pela Igreja para controlar a sociedade.

Com o surgimento da psicologia , na virada do século XX, estas teses – que já existiam – ganharam ainda mais aceitação. À luz da nova ciência, “culpa” era o grande obstáculo a impedir o homem de atingir a felicidade e mesmo a causa de neuroses causadas por sentimentos reprimidos.

Dos anos 60 em diante, tudo ficou mais e mais selvagem. “Não existe pecado ao sul do Equador”, música dos 70 parecem uma profecia auto-realizada nos 2000. Ora, se não existe culpa é por que, igualmente, não existe pecado.
Mas isso não era suficiente. Não bastava somente “descriminalizar” a culpa ao acabar com todo e qualquer resquício moral na sociedade. Para enfim terminar o trabalho, era necessário que a culpa voltasse ao cenário, mas numa nova roupagem.

Depois de eliminar qualquer traço da culpa pessoal, da psiqué humana, a culpa “de classe” foi reintroduzida nos anos 90 pelas mãos do politicamente correto e pelo multiculturalismo. O objetivo era claro: criar ondas de ódio artificiais contra os mantenedores da ordem, ou da sociedade.

Assim, o branco de hoje seria “culpado” retroativo pela escravidão e portanto, os negros teriam prioridade em vagas em universidades para “compensar”; A “culpa” pela homofobia seria ainda mais aloprada: a Bíblia ou mesmo a própria família tradicional seriam as culpadas!! Deve ser mesmo ultrajante para um homossexual ter como pais um homem e uma mulher!!!

Para terminar, mesmo os criminosos, bandidos & assassinos não tem culpa alguma pelas suas ações. Os mais de 50 mil assassinatos que ocorrem no Brasil anualmente não podem ser atribuídos aos seus perpetradores. Eles não são “culpados”. São, pelo contrário, vítimas de um sistema iníquo que os levam ao crime. A culpa é de quem ? Nossa. As “vítimas” na verdade são as culpadas pelos crimes. E provavelmente merecem o que lhes ocorreu.

Como, no espaço de menos de uma década aceitamos como carneirinhos, de um lado a “supressão” da culpa pessoal para nossa “felicidade” , e do outro aceitamos que nos fosse inflingida uma “culpa de classe” para justificar todas as ações contra as bases da sociedade?

Ora, por que somos cobaias de um novo tipo de sociedade. Cobaias compulsórios num admirável mundo novo em que o que realmente importa nunca é debatido em “eleições” democráticas. Eleições que centram-se em propaganda e lavagem cerebral, nas quais os “debates” passam longe do que realmente interessa.

Tudo isso aconteceu em plena era de domínio da razão. Nada inédito. A Renascença foi outro período onde o ocultismo voltou com força total, apesar de toda a propaganda sobre a vitória da “ciência”. 

O que acontece ao mundo atual não pode ser explicado racionalmente, pois pertence a outro domínio. Há um obscuro filme de 1919 que já previa o que aconteceria num futuro breve. O filme chama-se “O Gabinete do Doutor Caligari” e pode ser visto aqui. Há também um livro que explica o filme e o que ele desvendava -  “De Caligari à Hitler” de Siegfried Kracauer...